2010 AL30 passou a "apenas" 150 mil Km da Terra

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Um objecto espacial  não identificado, com diâmetro entre 10 e 15 m, passou hoje a menos de 150 mil Km da Terra.

Segundo a Nasa, o corpo espacial em questão poderá tratar-se de um pequeno asteróide, que se encontra em órbita ao redor do Sol, sendo pouco plausível que este objecto possa ser um fragmento a de lixo espacial.

O objecto foi baptizado de 2010 Al30, foi descoberto no Domingo e pelas 19h30m passou pelo ponto mais próximo da Terra.

Este objecto mesmo que colidisse com a Terra, em principio não constituiria qualquer perigo já que o seu reduzido diâmetro faria com que fosse despedaçado pelo atrito da entrada na atmosfera terrestre, no entanto o mesmo poderá não suceder com objectos ligeiramente maiores entre 40 e 50m.

Prevê-se que lá para o final da semana, um outro asteróide muito maior, possa também fazer uma "tangente"  de 1 milhão de Km à Terra.


A ocorrência da passagem destes objectos é mais frequente do que se possa imaginar,  existe mais de um milhão destes corpos próximos à Terra, é por essa razão que a Nasa mantém um programa muito intenso de rastreio aos objectos  de pequena dimensão, com trajectórias que  cruzam a nossa órbita.

Qualquer desvio orbital de um destes pequenos corpos celestes poderá ter repercussões catastróficas na superfície terrestre, podendo mesmo provocar um cataclismo biológico no nosso planeta.
A maior dificuldade com que a Nasa se depara actualmente, é que estes objectos por serem demasiado pequenos, apenas são detectados poucos dias ou mesmo poucas horas antes do seu encontro próximo, o que dificultará sempre o desencadeamento de qualquer acção que vise, por exemplo desviá-los do hipotético impacto com  a Terra.

2 comentários:

Daniel Gomes disse...

Gostei do termo "tangente". Em termos cósmicos é mesmo disso que se trata.

A NASA e a AIE já possuem algum plano de emergência para combater um possível meteorito?

O Conspirador disse...

Boas Daniel,
Durante os anos 80 os serviços militares Americanos tinham em marcha um projecto denominado "Guerra das Estrelas", este plano consistia na colocação em órbita de uma rede de satélites equipados com potentes feixes de raio laser. O objectivo destes satélites era neutralizar possíveis ataques com misseis intercontinentais vindos da União Soviética, a concentração dos lasers destruiria os misseis.
Com a queda da União Soviética a ameaça deixou de fazer muito sentido, pelo que o projecto foi suspenso, tanto mais que os gastos neste projecto assumiam valores colossais.
Eu penso que os Americanos chegaram a colocar alguns destes satélites em órbita, mas o plano não foi consumado na totalidade, especular sobre o assunto neste momento entraria no domínio dos segredos militares e nisso os americanos são implacáveis.
A verdade porém, é que a Nasa não se esqueceu desse antigo projecto de defesa e há já alguns anos propôs ao governo americano a reconversão do plano num plano estratégico de defesa anti-meteoro, que basicamente funcionaria da mesma forma, os lasers dos satélites tentariam destruir os meteoritos antes que eles pudessem chocar-se com a Terra.
Eu julgo que nada disto avançou entretanto, pelo que a ideia não passou ainda da ficção.
A vantagem de descobrir e cartografar as trajectórias destes pequenos meteoros o mais rápido possível, prende-se essencialmente com a necessidade de calcular as órbitas, de modo a poder ser feita uma previsão de um potencial choque e determinar onde um meteoro poderá cair.
Com esta informação poderão ser evitadas milhares de pessoas mortas, por exemplo com uma evacuação atempada, existem ainda outras soluções avançadas para neutralizar o perigo real destes objectos celestes. Uma delas é direccionar um engenho espacial equipado com uma ogiva nuclear, o impacto do engenho atómico perto do meteoro seria o suficiente para alterar a sua órbita e desviá-lo da Terra. Para que isto fosse possível era necessário conhecer com extrema exactidão todos os parâmetros da trajectória do objecto, pois não haveria tempo para preparar uma segunda investida caso a primeira falhasse.Há ainda uma ideia meia maluca de dirigir uma nave espacial para junto de um destes objectos que estivesse em rota de colisão e fazer uma "ancoragem" rebocando-o para zonas inofensivas.
Claro que tudo isto são especulações, mas a ameaça de uma colisão é levada muito a sério pelos organismos de pesquisa científica e astronómica.

Aliás a comunidade científica não equaciona se algum dia haverá um impacto, porque esse parece inevitável, o que é importante é tentar prever quando isso acontecerá.
Só para teres ideia, quando se deu o impacto de tunguska, que alguns especialistas estimam ter sido provocado por um objecto com pouco mais de 30m de diâmetro, o rasto de destruição que ficou foi terrível, a sorte é que o impacto deu-se a mais de 8km de altura na atmosfera e numa região quase desértica. Se o impacto se tivesse dado apenas 3 horas depois, a região povoada de São Petersburgo simplesmente tinha desaparecido do mapa e milhares de pessoas tinham sido volatizadas.

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