Trabalhadores da Vinocor e da Subercor lutam pelos seus direitos
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
Tal como já aqui tínhamos denunciado, a grave situação que se vive nas Empresas SUBERCOR e VINOCOR, ambas do grupo SUBERUS , levou os seus trabalhadores a anunciarem uma greve por tempo indeterminado , se entretanto não lhes forem pagos os vencimentos em atraso ( mês de Dezembro e Subsídio de Natal).
Infelizmente, este parece ser um cenário mais que provável, aliás, a situação actual ainda não é de greve efectiva, devido à obrigatoriedade dos trabalhadores cumprirem uma importante formalidade jurídica.
A administração das empresas já há muito tinha anunciado a sua indisponibilidade, para cumprir com a obrigação legal, de pagar os vencimentos devidos aos trabalhadores.
Esta é mais uma situação dramática e preocupante de crise social que se prefigura no concelho.
Mais de 100 trabalhadores, incluindo muitos casais, que por falta dos seus vencimentos se vêem impossibilitados de fazer face às suas despesas de alimentação, pagamento pelo fornecimento de serviços domésticos, prestações da casa, etc,etc,etc.
Gravíssimo, para não dizer que a situação configura um crime, é a atitude da administração em manter os trabalhadores a laborar sem qualquer protecção em caso de acidente de trabalho, isto porque não sendo pagas as apólices de seguros, as seguradoras obviamente, desresponsabilizam-se em caso de acidente. O grau de periculosidade, no manuseamento de alguns equipamentos e mecanismos destas empresas é muito elevado, o que coloca os trabalhadores numa situação de extrema violência psicológica.
Se ocorrer um acidente grave com alguém, o que acontece depois? ... é uma vergonha sem limites...como se permite uma situação destas, num país que se quer civilizado?
Onde andam os organismos de fiscalização da actividade laboral?
É de lamentar o desfecho que se reserva para estas duas empresas, cujas instalações são consideradas de vanguarda no sector corticeiro e talvez muito apetecíveis para boca de um qualquer tubarão, ao preço máximo de tuta e meia, e como convém, despojadas de trabalhadores.
São igualmente, os fartos subsídios comunitários que se afundam conjuntamente com as empresas.
Aos trabalhadores mais não restará que lutar pelo cumprimento integral dos seus direitos.
É censurável esta espécie de simbiose pérfida entre a administração da empresa e o seu principal accionista, que pura e simplesmente assobia para o lado, face às dificuldades sociais dos seus trabalhadores.
Por fim, resta dizer que uma boa parte da responsabilidade da situação em que caíram estas empresas deve ser direccionada ao "tubarão" do sector, que selvaticamente se apoderou de uma fatia importante do bolo de mercado, em que se sustentavam economicamente a SUBERCOR e a VINOCOR.
O resto da responsabilidade e quiçá a parte mais decisiva, deve ser atribuído à má gestão dos seus administradores, que face à perspectiva gananciosa do lucro desmedido se lançaram destemidamente em aventuras medonhas, descurando irresponsavelmente o futuro destas empresas.
Todos sabemos que uma empresa quando rebenta, quem se lixam são os trabalhadores em primeiro lugar e depois os credores, os "patrões" esses passam ao lado do problema e ficam a salvo de qualquer maçada imprevista, através das suas robustas contas bancárias. Esperemos que na resolução da situação, os trabalhadores sejam os primeiros a merecem a atenção, pois seguramente, são os que mais necessitados estão dessa ajuda.
Infelizmente, este parece ser um cenário mais que provável, aliás, a situação actual ainda não é de greve efectiva, devido à obrigatoriedade dos trabalhadores cumprirem uma importante formalidade jurídica.
A administração das empresas já há muito tinha anunciado a sua indisponibilidade, para cumprir com a obrigação legal, de pagar os vencimentos devidos aos trabalhadores.
Esta é mais uma situação dramática e preocupante de crise social que se prefigura no concelho.
Mais de 100 trabalhadores, incluindo muitos casais, que por falta dos seus vencimentos se vêem impossibilitados de fazer face às suas despesas de alimentação, pagamento pelo fornecimento de serviços domésticos, prestações da casa, etc,etc,etc.
Gravíssimo, para não dizer que a situação configura um crime, é a atitude da administração em manter os trabalhadores a laborar sem qualquer protecção em caso de acidente de trabalho, isto porque não sendo pagas as apólices de seguros, as seguradoras obviamente, desresponsabilizam-se em caso de acidente. O grau de periculosidade, no manuseamento de alguns equipamentos e mecanismos destas empresas é muito elevado, o que coloca os trabalhadores numa situação de extrema violência psicológica.
Se ocorrer um acidente grave com alguém, o que acontece depois? ... é uma vergonha sem limites...como se permite uma situação destas, num país que se quer civilizado?
Onde andam os organismos de fiscalização da actividade laboral?
É de lamentar o desfecho que se reserva para estas duas empresas, cujas instalações são consideradas de vanguarda no sector corticeiro e talvez muito apetecíveis para boca de um qualquer tubarão, ao preço máximo de tuta e meia, e como convém, despojadas de trabalhadores.
São igualmente, os fartos subsídios comunitários que se afundam conjuntamente com as empresas.
Aos trabalhadores mais não restará que lutar pelo cumprimento integral dos seus direitos.
É censurável esta espécie de simbiose pérfida entre a administração da empresa e o seu principal accionista, que pura e simplesmente assobia para o lado, face às dificuldades sociais dos seus trabalhadores.
Por fim, resta dizer que uma boa parte da responsabilidade da situação em que caíram estas empresas deve ser direccionada ao "tubarão" do sector, que selvaticamente se apoderou de uma fatia importante do bolo de mercado, em que se sustentavam economicamente a SUBERCOR e a VINOCOR.
O resto da responsabilidade e quiçá a parte mais decisiva, deve ser atribuído à má gestão dos seus administradores, que face à perspectiva gananciosa do lucro desmedido se lançaram destemidamente em aventuras medonhas, descurando irresponsavelmente o futuro destas empresas.
Todos sabemos que uma empresa quando rebenta, quem se lixam são os trabalhadores em primeiro lugar e depois os credores, os "patrões" esses passam ao lado do problema e ficam a salvo de qualquer maçada imprevista, através das suas robustas contas bancárias. Esperemos que na resolução da situação, os trabalhadores sejam os primeiros a merecem a atenção, pois seguramente, são os que mais necessitados estão dessa ajuda.
PUBLICAÇÃO : O GADANHA
6 comentários:
"Tubarão" não. Senhor Américo Amorim, porque não dar o nome a que o tem?
O homem mais rico do País, era interessanta fazer-se uma reportagem ao estilo Toda a Verdade sobre o que este senhor está a fazer á economia de uma região.
Não podia estar mais de acordo contigo Luis.
Sáiba que sinto na pele a acção anti-mercado deste senhor, a pequena empresa em que trabalho e que ja pertence a minha familia á muitos anos conhece cada vez mais o caminho descendente, dos 3 funcionários que tinhamos ja só resta um e até esse tem os dias contados, todo legal claro, esta situação deve-se cada vez mais ás portas do mercado que se fecham dia a dia.
É triste ver que o mercado esta a cair e apenas um continua a comer fatias gigantes do mercado.
Onde esta a união europeia que tanto actua em relação a microsoft? Não será esta uma acção equivalente e até mais preocupante de alguem que monopolisa o mercado a olhos visto?! Quando não é pelo nome proprio é pelo nome de 3os FOC, ABEL e por ai fora.
É triste, o mercado dava para todos.
Concordo em pleno com o Luís, era importante se calhar serem apresentadas denúncias junto dos organismos da UE no sentido de investigarem esta situação, que realmente em nada difere da Microsoft...
Talvez uma união de pequenos produtores, fora da APCOR, que todos sabemos apenas defender os interesses do Amorim, pudesse tomar este passo, pois na realidade se nada fizerem, irão ser "comidos" a breve trecho...
É triste ser o mercado assim. Mas não nos podemos esquecer que muitas destas empresas nunca souberam ser verdadeiramente empresas, são totalmente válidas como economia familiar mas como empresas inseridas no sector falham redondamente e são as primeiras a cair.
1º o cofre de cada e os bmw e mercedes, depois vem o resto.
Já aqui tinha dito uma vez, que no sector da cortiça a maioria dos empresários não sabiam ser gestores, eram sim patrões...e como tal e como diz o Luís e bem, primeiro os BMW´s e depois a empresa...resultado disto = comida para o tubarão (Amorim)...
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