APCOR - Patrões da cortiça tomam medidas face à crise

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Os "patrões" da cortiça reúnem-se hoje na sede da APCOR, para delinear estratégias de combate à crise que se vive actualmente no sector corticeiro.

Depois de José Sócrates, em entrevista televisiva, ter declarado a abertura oficial da corrida à mama do estado, não será estranho por certo, que os patrões corticeiros aceitem este convite tão generoso.

O problema que actualmente se vive no sector corticeiro é anterior à actual crise financeira, o sector sofre de um deformismo estrutural endémico, a actual crise dos mercados apenas veio confirmar uma tendência que se arrastava já há alguns anos - o sector rolheiro em particular tem perdido competitividade nos mercados internacionais.

A uma forte campanha anti-rolha de cortiça promovida pelas empresas de vedantes alternativos, não foi a associação dos empresários corticeiros capaz de responder à altura que se exigia, para assegurar o futuro do sector.

Se nos últimos tempos tem sido feita alguma coisa em campanhas internacionais de marketing, isso resulta de uma reacção às quebras de mercado e não tanto em reacção às campanhas anti-rolha.

A meu ver este foi um erro crasso, demorou-se demasiado tempo a reagir e permitiu-se que a rolha de cortiça fosse descredibilizada externamente e em mercados muito importantes, como os Estados Unidos, Austrália e a Grã-Bretanha.

O que muitos empresários estarão à espera com toda a certeza é de apoios no curto prazo e não de medidas estratégicas e de fundo para viabilizar o sector.

Conhecendo a matriz de muitos destes empresários, é de prever um coro de choradinho bem afinado junto do governo.

Se algum apoio deve ser dado não o deve ser aos empresários, mas sim às empresas que demonstrem capacidade para se viabilizarem, não adianta desperdiçar dinheiro em empresas que pela sua orientação estratégica jamais sobreviverão no mercado.

Apoios sim, se forem no sentido de definir estratégias para o futuro, e não para adiar um problema, que mais cedo ou mais tarde levará inexoravelmente as empresas literalmente ao "charco", e aos seus ex-patrões restarão mais Mercedes, mais terrenos e mais moradias novas.

PUBLICAÇÃO : O COMENDADOR

1 comentários:

Pedro Oliveira disse...

A ideia dos corticeiros é a de sempre, vamos "mamar" aqui e quem vier a trás que feche a porta.
A unica empresa que assim se pode chamar são sem duvida os Amorins. Empresa solida e em crescimento, com uma administração efectiva e activa digna do nome adminstração. Curiosamente ou então não, são eles principais e unicos carrascos do sector.

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