O sentido tem razão de ser
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
Esta publicação do Portugal Denúncias constitui uma das reflexões racionais mais extraordinárias que li nos últimos tempos.
"As palavras só fazem sentido e têm razão de ser porque existe o verso e o reverso, ou seja, a palavra dia só faz sentido e tem razão de ser porque existe a palavra noite e assim sucessivamente.
Assim como, a vida só faz sentido e tem razão de ser porque existe a morte. A morte existe a seguir à vida, e antes da vida o que existe? Nada! Nada é algo que não existe, se não existe é algo morto. Por isso, cheguei à conclusão que antes e depois da vida existe morte. Pela mesma dedução lógica, cheguei à conclusão que antes e depois da morte existe vida."
Publicado no Portugal Denúncias por MAO LIVER
Reflectindo um pouco sobre o assunto, cheguei à conclusão que a vida e a morte afinal não existem.
Se analisar-mos as palavras numa dimensão metafisica, tal como parece ter feito o MAO LIVER vamos inevitavelmente cair num paradoxo racional redundante:
Para haver vida terá que haver morte e para haver morte terá que ter havido vida! é como o velho paradoxo do ovo e da galinha: qual deles nasceu primeiro?
O meu raciocínio sobre esta temática é mais substantivo e menos divinal:
"A vida e a morte não existem, a não ser em vocábulos e com o sentido neuro-sensorial que cada um lhes quiser atribuir.
A vida e a morte são em si mesmas, um processo contínuo de transformação e evolução física e química da matéria.
Portanto, a morte não existe, assim como a vida, com o significado que o senso comum lhe atribui, não se despoletou espontaneamente. A vida é sim o resultado de uma complexa interacção da matéria física e química disponível no universo."
PUBLICAÇÃO : O COMENDADOR
3 comentários:
Concordo de facto mais com esta segunda visão, no entanto não deixa de ser um raciocínio lógico classificar essa complexa interacção físico-química que referes, e a classificação é mesmo essa de "coisa" viva, mas fazendo uma reflexão mais profunda, e indo aos confins deste imensidade que é o nosso Universo, por este não estar estático, e sim em constante mudança, apesar de levar milhões de anos e por isso imperceptível para os olhos do ser humano, eu atrevia-me a sugerir que na realidade a morte é que não existe, a vida essa, pode é alterar o seu tipo de relação físico-química.
E citando por fim Lavoisier "nada se cria nada se perde, tudo se transforma!" eu penso numa humilde abordagem deste tema tão apaixonante, que a vida nunca acaba apenas se transforma.
A morte não é mais do que, o fim de um conjunto de mecanismo químicos, pelo que, existirá necessariamente. A matéria é que se perpetua no tempo.
Não podemos nem devemos confundir o hardware (a matéria) com o software (a chamada alma/vida). Portanto desde o Big Bang, só existe uma coisa: matéria. Vida e morte não passa de matéria constituída de diferentes formas, pelo que não faz sentido em falar no oposto.
viva Daniel,
Na minha opinião tanto a morte como a vida não existem necessariamente.
Aquilo que designamos vulgarmente por vida não se despoletou de forma espontânea,no entanto a partir da evolução desse processo, nunca existiu aquilo a que se designa morte.
Assim que um corpo deixa de ter actividade físico-química, um novo processo se desencadeia automaticamente. Neste caso, de transformação de uma substância inerte, que alimentará outros corpos, iniciando-se um novo processo biológico.
Não confundir aqui matéria com processos biológicos está bem observado, no entanto falta-te uma premissa quando dizes:
"desde o Big Bang, só existe uma coisa: matéria."
Isto não é bem assim, na verdade e segundo as teorias do Big Bang, existe a matéria e a anti-matéria.
Depois, nesta análise de vida e de morte, não convém extrapolar o raciocínio para fora dos limites terrestres. Porque a partir daí, as propriedades físicas e químicas dos elementos e a sua acção combinada pode não ser suficiente para despoletar processos biológicos, ainda que potencialmente isso seja admissível, este argumento ainda está por provar, mas acredito que a ciência nos trará boas novas dentro de pouco tempo.
Com a profusão de descobertas de novos planetas extra-solares, é possível que dentro em breve apareça um , cuja composição das linhas espectrais observadas permita reconhecer elementos biológicos.
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