Corticeira Amorim - Prejuízos no valor de 5,3 Milhões no 1ºTrimestre de 2009
quinta-feira, 7 de maio de 2009
O jornal de negócios online anuncia que a Corticeira Amorim deverá apresentar, nesta sexta-feira, prejuízos de 5,3 milhões de euros, referentes ao primeiro trimestre de 2009, de acordo com as estimativas do Espírito Santo Research (ESR). O banco de investimento sublinha que a corticeira deverá continuar a ser afectada pelo ciclo económico.
Esta não é certamente uma boa notícia para ninguém. Não é para os accionistas, porque desta forma vêem as suas acções mais desvalorizadas e sem poderem realizar mais-valias decorrentes dos lucros, não o é para os trabalhadores do grupo Amorim, porque desta forma continuará a pairar o espectro do desemprego sobre as suas cabeças, não é para o sector corticeiro, porque para o bem e para o mal o grupo Amorim serve de barómetro para aferição da retoma na procura de produtos de cortiça e também não será uma boa notícia para os políticos, uns porque se perspectiva uma forte condicionante na oportunidade eleitoral de enaltecer as virtudes dos planos de apoio ao sector, outros porque terão que deglutir em seco um enorme batráquio, por terem suscitado a messiânica ideia de "quem tem lucros não pode despedir".
Apelando um pouco à memória, eu recordo que esta ideia surgiu após o anúncio do despedimento de 195 trabalhadores em duas empresas do grupo Amorim, e serviu de mote, para a "grande cruzada" torna-se relativamente simples perceber a quem se destinava o tão peregrino e "profético" epíteto, alicerçado aliás, na mesma premissa que agora não pode servir de justificação para lançar a confusão da definição temporal dos resultados., se é a 3 meses, 9 meses ou 1 ano não me parece relevante.
A ideia irrompeu da convenção magna do BE e à qual, no devido tempo, aqui manifestei a minha discordância, por entender ser leviana e susceptível de criar a interpretação contrária:
"Se quem tem lucros não pode despedir, então será legítimo pensar que, quem os não tem já o pode fazer!"
O que é mais perturbador neste novo conceito que foi proposto, resulta do facto da advocacia do socialismo moderno, contemplar o lucro das empresas como factor determinante para a manutenção dos postos de trabalho.
As empresas têm uma enorme importância no incremento da economia e na geração de mais-valias, esta premissa será mais ou menos pacífica, agora extrapolar daí o direito ao trabalho, já não me parece de grande consenso. As empresas antes de promoverem os lucros dos investidores devem promover a dignidade social do trabalho.
Porque razão se deve definir e determinar apenas e sem mais, a sustentabilidade, financeira a sobrevivência económica, e a razão de ser de uma empresa, pelo apuramento de lucros?
PUBLICAÇÃO : O GADANHA
Esta não é certamente uma boa notícia para ninguém. Não é para os accionistas, porque desta forma vêem as suas acções mais desvalorizadas e sem poderem realizar mais-valias decorrentes dos lucros, não o é para os trabalhadores do grupo Amorim, porque desta forma continuará a pairar o espectro do desemprego sobre as suas cabeças, não é para o sector corticeiro, porque para o bem e para o mal o grupo Amorim serve de barómetro para aferição da retoma na procura de produtos de cortiça e também não será uma boa notícia para os políticos, uns porque se perspectiva uma forte condicionante na oportunidade eleitoral de enaltecer as virtudes dos planos de apoio ao sector, outros porque terão que deglutir em seco um enorme batráquio, por terem suscitado a messiânica ideia de "quem tem lucros não pode despedir".
Apelando um pouco à memória, eu recordo que esta ideia surgiu após o anúncio do despedimento de 195 trabalhadores em duas empresas do grupo Amorim, e serviu de mote, para a "grande cruzada" torna-se relativamente simples perceber a quem se destinava o tão peregrino e "profético" epíteto, alicerçado aliás, na mesma premissa que agora não pode servir de justificação para lançar a confusão da definição temporal dos resultados., se é a 3 meses, 9 meses ou 1 ano não me parece relevante.
A ideia irrompeu da convenção magna do BE e à qual, no devido tempo, aqui manifestei a minha discordância, por entender ser leviana e susceptível de criar a interpretação contrária:
"Se quem tem lucros não pode despedir, então será legítimo pensar que, quem os não tem já o pode fazer!"
O que é mais perturbador neste novo conceito que foi proposto, resulta do facto da advocacia do socialismo moderno, contemplar o lucro das empresas como factor determinante para a manutenção dos postos de trabalho.
As empresas têm uma enorme importância no incremento da economia e na geração de mais-valias, esta premissa será mais ou menos pacífica, agora extrapolar daí o direito ao trabalho, já não me parece de grande consenso. As empresas antes de promoverem os lucros dos investidores devem promover a dignidade social do trabalho.
Porque razão se deve definir e determinar apenas e sem mais, a sustentabilidade, financeira a sobrevivência económica, e a razão de ser de uma empresa, pelo apuramento de lucros?
PUBLICAÇÃO : O GADANHA
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