Mozelos - Parque do Murado

segunda-feira, 11 de maio de 2009

A evolução natural permitiu que a espécie humana desenvolvesse uma série de características que a distingue das outras espécies de seres vivos. Uma das mais notáveis características é a reflexão. Em síntese, a reflexão traduz-se na capacidade mental que possibilita observar, avaliar e ponderar um determinado assunto sob diversas perspectivas.

Assim sendo, convido os leitores deste espaço a reflectirem sobre as obras que se eternizam no Parque do Murado em Mozelos. Desde logo faz-me alguma confusão a planificação e execução daquele projecto, primeiro porque aquilo que se adivinha dali, mesmo para um leigo em matéria de ordenamento e obras públicas, será uma autêntica aberração em termos de fluidez rodoviária.
Quem vier do lado do novo centro escolar do Murado e se quiser dirigir para Santa Maria de Lamas, depara-se com algo completamente disparatado. Tem que contornar uma parte lateral do parque, para depois cruzar uma espécie de separador, e retomar a sua faixa de rodagem.

Depois ainda temos os desnivelamentos na via, com rampas junto das entradas da pseudo-rotunda, rampas estas que não têm enquadramento no código de estrada, pelo que se pressupõe ser ilegal a sua colocação, a menos que alguém consiga evidenciar o contrário, ou seja, apresente a legislação que enquadre e permita aquele tipo de anormalidade na via pública.

Em segundo, reflectindo um pouco mais profundamente sobre o tema, não será difícil concluir que o ritmo das obras naquele espaço coloca à prova a amplitude intelectual de qualquer mortal.

Senão vejamos:

O senhor presidente da Junta de Mozelos afirmou, salvo erro, em Dezembro que as obras iriam demorar algum tempo, talvez em Março tudo estivesse pronto, a verdade é que já ultrapassamos a primeira dezena de dias de Maio e as obras não só não estão concluídas como prometem continuar por mais alguns meses, talvez até que haja fita e tesoura para a cortar, eu acredito firmemente que isso poderá acontecer lá para o fim do Verão.

Até aqui eu consigo compreender, embora não aceite que a qualidade de vida das pessoas esteja sempre na dependência do oportunismo eleitoralista de uma casta podre de políticos.

Agora o que me faz mesmo confusão, é a forma como as obras avançam. num dia retiram terra do jardim, no outro dia voltam a colocá-la, num dia retiram os paralelepípedos, no outro voltam a colocá-los e fazem isto repetidamente, ora numa faixa ora na outra, torna-se evidente que quem lá trabalha tem ordens para desacelerar, atrasar, protelar e enconar a paciência dos outros.

Isto já aborrece, aborrece mesmo! o(s) responsável(eis) por aquela obra que ganhem vergonha na cara e tenham o mínimo de decência. O que está aqui em causa não é só a mobilidade das pessoas, nem a fruição de um espaço de lazer, mais importante do que isso são os dinheiros públicos que ali são gastos e regastos de forma inútil e repetidamente no mesmo trabalho...

PUBLICAÇÃO : O GADANHA

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