Linha do Vouga - Em vez de metro de superfície, REFER propõe sistema de comboios frequentes para o troço Aveiro-Águeda

quarta-feira, 27 de maio de 2009

O estudo de pré-viabilidade da Câmara de Aveiro vai ao encontro do desafio lançado pela REFER e CP de seguir o modelo de S. João da Madeira
Decorreu recentemente em Aveiro o fórum do centenário da Linha do Vouga.
Na altura foi apresentado pelo gabinete de Mobilidade da Câmara de Aveiro um estudo prévio sobre a viabilidade de implementação de um metropolitano de superfície entre Aveiro e Águeda.

Das conclusões desse estudo ressalta desde logo, que a solução de um metro de superfície para Aveiro é inviável, um dos obstáculos para viabilizar o projecto reside no potencial de utilizadores, outro dos óbices que torna o projecto praticamente intransponível é o custo da sua implementação.

Deste modo, a Câmara de Aveiro propõe à REFER e à CP a revitalização da infra-estrutura ferroviária através do serviço de comboios frequentes, numa solução similar à que foi adoptada para São João da Madeira e que já recolheu a simpatia de outros municípios que integram a linha do Vale do Vouga. Curiosamente as soluções que a REFER e a CP propõem para revitalizar a linha apontam exactamente no mesmo sentido, pelo que, existindo uma convergência de interesses de todos os agentes é provável que esta seja a solução a adoptar para o futuro.

As conclusões que emanaram deste fórum talvez ajudem algumas pessoas a reflectirem melhor sobre o que é ou não praticável no desenvolvimento da Linha do Vouga.

Este quadro ajuda a desmistificar os desacertos alucinantes de algumas mentes de Santa Maria da Feira que sonharam durante algum tempo com o metro de superfície, mas que entretanto, parece que o deixaram caír no entorpecimento.

A ideia de que a linha do Vouga está decadente e moribunda na procura por parte dos utilizadores é de certo modo contrariada pelos números.

Em 2008, 678 mil pessoas foram transportadas na Linha do Vale do Vouga, mais 120 mil que em 2006. Deste número, metade diz respeito ao troço Aveiro-Águeda.

O futuro para a Linha do Vale do Vouga passa por crescer e modernizar-se, tornando-a mais atractiva como alternativa ao transporte particular, para isso é necessário fazer investimentos, tanto na linha como no serviço, investimentos esses que poderão ser suportados em parte por fundos comunitários, haja vontade política e a linha do vouga não morrerá.

PUBLICAÇÃO: O COMENDADOR

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