Viagem pelas Luas de Saturno - Parte 1

sexta-feira, 6 de março de 2009

Recentemente cientistas ligados à missão Cassini anunciaram a descoberta de uma minúscula lua de Saturno, com cerca de 500 metros de diâmetro perdida entre o anel G.

Esta lua ainda não foi baptizada e soma-se às 60 outras que compõem a miríade de satélites Saturninos.

Saturno foi visitado por 4 missões espaciais : A Pioneer 11 em 1979, a Voyager 1 em 1980, a Voyager 2 em 1981 e a Cassini-Huygens em 2004.

Aquilo que vos propomos é uma viagem pelos principais satélites de Saturno, que foram fotografados em detalhe pelas várias missões que passaram por Saturno.

TITÃ
Titã, foi descoberta em 1655 pelo holandês Christiaan Huygens, é a maior lua de Saturno e a segunda maior de todo o sistema solar, com 5150 Km de diâmetro tem quase 1,5 vezes o tamanho da nossa Lua, inclusive é maior que o planeta Mercurio. Titã dista cerca de 1,2 milhões de Km de Saturno e tem uma temperatura média à sua superficíe de -179ºC.

Esta é a única lua no sistema solar que possui uma atmosfera densa, sendo até mais densa que a da Terra. Pensa-se que possui lagos de hidrocarbonetos, vulcões gelados, e que o metano comporta-se quase como a água na Terra, evaporando e chovendo num ciclo interminável. Titã é um mundo que se manteve oculto até muito recentemente, coberto por uma neblina densa e alaranjada.

Em Janeiro de 2005, foi lançada a sonda Huygens por entre a neblina, que tirou as primeiras fotografias da superfície de Titã, mas devido ao nevoeiro, e mesmo com fotografias muito ficou por saber.

DIONE

Dione foi descoberta por Giovanni Cassini em 1647, é uma das maiores luas do planeta Saturno com um diâmetro de 1118 Km, orbita a 377,4 mil quilómetros de distância do planeta, sendo o seu período orbital de cerca de 66 horas, precisamente o dobro do que leva Encélado a percorrer a sua órbita. Este fenómeno pode ser responsável pelo aquecimento de Encélado a partir do efeito de marés. Tem uma temperatura média superficial de -186ºC.

Como resultado da fricção das marés, a rotação de Dione é proporcional ao seu movimento orbital, assim Dione mantém sempre o mesmo lado virado para Saturno. Esta lua orbita dentro do grande e ténue anel E de Saturno, desconhecendo-se até ao momento a relação entre Dione e o anel E.

Uma das características mais surpreendentes de Dione é a rede de penhascos cintilantes numa superfície escura que deverá ter sido originada a partir de movimentos tectónicos, o que se revelou uma surpresa para os cientistas.

RHEA

Rhea foi descoberta por Cassini em 1672, é a segunda maior lua de Saturno com 1528,0 km de diâmetro e com um período orbital de 4,52 dias, tem uma temperatura média superficial de -174ºC e dista 574 000 Km de Saturno.

Esta lua mantém algumas semelhanças com o satélite Dione, como por exemplo a sua composição. A composição de Réia é basicamente de gelo de água com uma pequena parte de rochas, que se estima poder ser 1/3 da sua massa, não possui atmosfera.

Raias luminosas e grandes manchas são visíveis. Mesmo as áreas escuras são provavelmente áreas de gelo de água já que o índice de reflexão (albedo) é de 50%. As raias luminosas segundo os cientistas podem ter resultado de impactos que espalharam pedaços de gelo.

Em 6 de Março de 2008, Geraint Jones, um cientista especializado na sonda Cassini, anunciou que Reia talvez possua um sistema de anéis ténue. Se a informação se confirmar, seria a primeira descoberta de anéis em torno de uma lua planetária.

(...continua)

PUBLICAÇÃO : O COMENDADOR

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