Atmosfera de Plutão poderá sofrer do efeito de estufa

Foto do Telescópio Espacial Hubble (HST-2006) - O sistema de Plutão - Plutão, Caronte, Nix e Hidra

Com uma técnica semelhante àquela que será usada pela Missão Kepler, um telescópio terrestre acaba de fazer a primeira observação da atmosfera de Plutão no nível da superfície.

O planeta-anão, dizem os cientistas, apresenta efeito estufa e tem uma distribuição de temperatura que se parece inversa daquela que existe na Terra.

A atmosfera de Plutão, carregado de gás metano, é 40°C mais quente que sua superfície, cuja temperatura média atinge uns congelantes -220°C. (Na Terra, o metano é um dos gases responsáveis pelo efeito de estufa.)

Novas teorias sugerem a possibilidade de existir um oceano sob o manto de gelo de plutão, o processo de liquefacção do gelo poderia resultar por efeito do seu núcleo rochoso radioactivo, que libertaria calor durante as reacções nucleares.

Os astrónomos descobriram também que, quanto maior é a altitude na atmosfera do planeta-anão, mais a temperatura aumenta, ao contrário do perfil térmico terrestre.

A descoberta foi possível porque o telescópio gigante do ESO (Observatório Europeu Austral), no Chile, observou o planeta-anão no momento da ocultação de uma estrela de fundo. Um novo espectrógrafo (aparelho que separa a luz em diversas frequências de cor) conseguiu fazer medições com uma precisão inédita.

Em 2006 foi lançada a missão New Horizons, uma pequena sonda que chegará em 2015 às proximidades de Plutão e que irá desvendará alguns dos mistérios de Plutão e da sua lua Caronte.

PUBLICAÇÃO : O COMENDADOR