Santa Maria da Feira - Viagens (alternativas) pela minha terra

No decorrer da apresentação do programa "Viagens pela minha terra", o vereador Amadeu Albergaria manifestou a sua mais profunda tristeza, por não poder participar na iniciativa promovida e dinamizada pelo gabinete de acção social da Câmara de Santa Maria da Feira e que se destina à população sénior concelhia, assim sendo, a idade do vereador determina a sua auto-exclusão.

Sendo o "Feira,... das Comendas!" um espaço que se pauta pelo valor da solidariedade, sente-se de igual modo tocado profundamente pela mágoa do senhor vereador.

Assim este espaço propõe-se elaborar um programa alternativo às "viagens pela minha terra".

O nosso programa destina-se preferencialmente a todos os membros do executivo autárquico, que se podem fazer acompanhar pelos presidentes de junta de freguesia do município, sendo que, em casos excepcionais, nomeadamente, casos deliberados de cegueira crónica, aos participantes também é permitido o acompanhamento dos membros da assembleia municipal, em casos mais extremos os visitantes podem ainda munir-se de um guião escrito em Braille.

A frequência das visitas não se prevê restritiva, os participantes podem e devem visitar os locais um s(c)em número de vezes ou as necessárias até que sintam melhorias nos sintomas da miopia.

Este programa contemplará uma visita aos locais mais emblemáticos do ponto de vista ambiental e que representam um património insubestimável no concelho.

O património ambiental concelhio detém um histórico notável, como tal, é parte integrante da nossa cultura comum.

Parta à descoberta dos locais de interesse ambiental mais característicos subordinado à temática das invasões francesas e da "grand merde" que cá fizeram.

Os itinerários serão múltiplos e diversificados.

A nossa sugestão!

A nossa jornada excursionista, começa no lugar da Velha em Santa Maria da Feira, onde os visitantes poderão apreciar com os seus próprios olhos (mesmo sendo míopes) uma magnífica lixeira a céu aberto. Aproveitando os ares e aromas da frescura da cidade, aconselha-se vivamente uma inspiração nos odores e nas matizes das águas da Ribeira do Cáster, depois desta revitalizante experiência, dirija-se ao centro da cidade para admirar a sublime paisagem da pedreira que se encontra por detrás do cine-teatro António Lamoso. De paraíso em paraíso chegamos à zona Industrial do Casalinho, a visão é soberba... mais um pouco e eis-nos no ex-libris ambiental do concelho - As espectaculares pedreiras de Lourosa.

Descendo de Lourosa até Santa Maria de Lamas, sente-se a brisa do pó de cortiça no ar... um tonificante natural...chegados a Santa Maria de Lamas vale a pena ir às traseiras do auditório e prender a respiração... pelo espanto. A paisagem é divina! furnas vulcânicas com erupções contínuas de lava (merda) que escorrem em cataratas espectaculares, numa miscelânea envolvente de fragâncias destiladas, um verdadeiro êxtase para o visitante.
Com um pequeno pulo eis-nos chegados à pestilenta Ribeira de Riomaior, um verdadeiro regalo para o esgoto proliferante.

Próxima paragem - Parque Municipal da Quinta do Engenho Novo, Paços de Brandão. Vale a pena apreciar ou até mesmo contemplar as ruínas, o vandalismo, o desleixo, o degredo, a vergonha, a negligência, a incúria, a indolência, a relaxo, a grosseria e a desatenção que têm sido primorosamente preservados ao longo dos últimos anos.

Depois de meditar sobre o assombro da obra, dirigimo-nos à Rua da Fronteira, Mozelos/Oleiros, sente-se o tempo a andar para trás, seguramente regredimos ao A.C. (antes de Cristo).
A nossa visita termina em apoteose na lixeira a céu aberto do lugar de Vilas de Baixo em Mozelos, o cenário é idílico...

E, pronto... esperemos que a visita tenha sido opto-rinologicamente proveitosa para os visitantes.

Ficam os postais da visita:

PUBLICAÇÃO : O GADANHA