Santa Maria da Feira - Semana da Santa Parolice!
quarta-feira, 11 de março de 2009
Sem qualquer tradição geracional profundamente enraizada, a Semana Santa vai-se convertendo ano após ano numa manifestação do fundamentalismo religioso bacoco encenada sob a forma de um reallity show, veja-se a parolice das cruzes de madeira e dos pendões de cor púrpura, desfraldados ao vento e que fazem lembrar os apelos patrióticos parolos de apoio à selecção nacional do Filipe Scolari. Portanto, é uma questão de simbolismo e de apelo à congregação da causa, que em si mesmos nada encerram de espiritual.
O tempo quaresmal converte-se assim, numa nova oportunidade autárquica de apascentar o grande rebanho da ignorância e do obscurantismo e tudo à conta dos parolos que se invocam possuídos pela fé.
Nada tenho contra a fé de cada um, aliás, a fé de cada um é antes de mais um manifesto de exultação à liberdade individual, aquilo que me choca é quando se passa por cima dessa liberdade individual em nome de uma qualquer coisa colectiva, com o requintado propósito de criar um novo evento pseudo-cultural.
É a indesejável miscigenação entre o divinal e o profano, entre o laicismo e o religioso, entre a crendice e a parolice.
50 000 euros será a comparticipação do Município da Feira, através do "Feira Viva" para esta coisa a que chamam pomposamente de "Semana Santa", curiosamente o dobro da verba atribuida no ano anterior.
Em ano de eleições, urge alimentar os rebanhos com pasto da melhor qualidade...
Porque é que a câmara tem que se meter em assuntos religiosos? se o Grupo Gólogota quer fazer a recriação de um evento religioso então que suporte as despesas do mesmo, não me venham é com a treta de que este evento não está imbuído apenas da vertente religiosa, que engloba também um acontecimento social e cultural.
Apetece perguntar em que exacta medida é que isso se transforma ?!
PUBLICAÇÃO : O GADANHA
O tempo quaresmal converte-se assim, numa nova oportunidade autárquica de apascentar o grande rebanho da ignorância e do obscurantismo e tudo à conta dos parolos que se invocam possuídos pela fé.
Nada tenho contra a fé de cada um, aliás, a fé de cada um é antes de mais um manifesto de exultação à liberdade individual, aquilo que me choca é quando se passa por cima dessa liberdade individual em nome de uma qualquer coisa colectiva, com o requintado propósito de criar um novo evento pseudo-cultural.
É a indesejável miscigenação entre o divinal e o profano, entre o laicismo e o religioso, entre a crendice e a parolice.
50 000 euros será a comparticipação do Município da Feira, através do "Feira Viva" para esta coisa a que chamam pomposamente de "Semana Santa", curiosamente o dobro da verba atribuida no ano anterior.
Em ano de eleições, urge alimentar os rebanhos com pasto da melhor qualidade...
Porque é que a câmara tem que se meter em assuntos religiosos? se o Grupo Gólogota quer fazer a recriação de um evento religioso então que suporte as despesas do mesmo, não me venham é com a treta de que este evento não está imbuído apenas da vertente religiosa, que engloba também um acontecimento social e cultural.
Apetece perguntar em que exacta medida é que isso se transforma ?!
PUBLICAÇÃO : O GADANHA
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