Cientistas recolhem partes do asteróide 2008 TC3

sexta-feira, 27 de março de 2009

Pela primeira vez astrónomos conseguiram identificar um asteróide no espaço e recuperar os seus fragmentos para análise em laboratório. Pedaços foram encontrados no deserto da Núbia, na África.

O asteróide que explodiu acima do deserto da Núbia, no norte do Sudão, em Outubro do ano passado, tinha tamanho comparável ao de um automóvel, ao entrar na atmosfera o meteorito ficou completamente fragmentado, explodindo a cerca de 37 Km de altitude. Um grupo de cientistas conseguiu encontrar 47 fragmentos do TC3, um dos quais foi escolhido para ser analisado nos laboratórios do Instituto Carnegie.

Trata-se da primeira vez que um asteróide (2008 TC3, como foi denominado o objecto) foi observado no espaço antes de cair na Terra.

Como foi possível calcular a sua trajectória os cientistas sabiam exactamente onde o asteróide iria cair, facilitando assim a recolha de fragmentos. Afinal, era a primeira oportunidade na história de comparar observações de um asteróide feitas por telescópios com análises em laboratório dos seus fragmentos.

Embora diversos pequenos corpos semelhantes ao TC3 2008 atinjam a Terra todos os anos, nunca ninguém tinha observado um antes que o impacto ocorresse. Desta vez, o asteróide foi identificado no dia 6 de Outubro, menos de 24 horas antes de cair no deserto africano, por telescópios do Catalina Sky Survey, no Arizona.

Nanodiamantes

A análise laboratorial mostrou sinais de que no passado o corpo celeste foi submetido a temperaturas muito elevadas.

Nanodiamantes são outra forma de carbono encontrada no fragmento, o que, segundo os autores da pesquisa, oferece pistas sobre se o aquecimento foi causado por impactos num asteróide original e de maior dimensão ou por outro tipo de processos.

Isótopos de oxigénio fornecem informações sobre a origem do asteróide. Cada fonte de meteoritos no Sistema Solar, incluindo planetas como Marte, tem uma assinatura química específica dos isótopos 16O, 17O e 18O. Essa assinatura pode ser reconhecida até mesmo quando outras características variam, como a composição química ou o tipo de rocha.

O TC3 2008 pertence a uma categoria de meteoritos muito raros conhecidos como ureilitos, que podem ter origem num único objecto. Apenas 0,5% dos objectos que atingem a Terra são desta categoria.


Fonte : Adaptado do artigo do site "Inovação Tecnológica"

PUBLICAÇÃO : O COMENDADOR

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