Reflexões - Democracia, mas que democracia é esta?!
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
Há uns dias atrás, a nação ficou boquiaberta ao ouvir Manuela Ferreira Leite dizer, que talvez, o país precisasse de 6 meses sem democracia para ser colocado na ordem.
Na altura foi grande a histeria que se levantou, com alguns membros do governo, de outros partidos e até de dentro do PSD, a levantarem fortes críticas e a censurarem as palavras da Manuela Ferreira Leite.
O Português comum, onde também me incluo, talvez fruto da herança congénita, da tradicional arte de bem navegar, também se deixou levar pela onda.
A verdade porém, é que se reflectirmos com alguma profundidade sobre o que se passou na passada sexta-feira, com a ausência de 30 deputados do PSD e mais alguns do PS da Assembleia da República, chegámos à conclusão que a democracia em Portugal, na verdade, só se pratica de 4 em 4 anos e apenas durante um dia.
Se a democracia é o poder do Povo, esse poder não deveria estar limitado ao mero exercício do poder do voto.
O sistema democrático tal como é praticado pelos nossos governantes e pelos nossos deputados, deveriam fazer condicionar o voto de quem os elege.
Por outras palavras, o Povo fica refém do seu voto durante 4 anos, pois esta democracia não permite que mesmo que uma larga maioria do povo, se veja defraudada nas expectativas, por aqueles a quem confiou o seu voto, terá que os gramar pelo menos por quatro anos, ora assim sendo, o poder efectivamente não está nas mãos do povo, então que democracia é esta?
Há quem confunda democracia com liberdade, mas de facto não é a mesma coisa.
Se temos liberdade para escolher aqueles que queremos que nos governem, não temos a mesma liberdade para os pôr de lá para fora, senão ao fim de 4 anos e entretanto, estes senhores que se dizem governar para o povo, governam-se a si próprios e ajudam os amigos a fazer o mesmo e estão-se nas tintas para o resto da população e o ciclo torna-se vicioso, mas sempre com os mesmos protagonistas, ora agora mando eu, ora agora mandas tu!
E isto é tanto mais dramático, quanto é verdade que desde a década de 80, que o Povo Português tem assistido à delapidação de algumas conquistas de Abril, delapidação essa que já só falta ser viscerofágica, porque os dedos e os anéis já há muito se foram!
O mais revoltante é que os prevaricadores, não têm qualquer pejo em assumir a sua conduta de abutres, em nome e ao serviço da democracia.
É verdade que este sistema talvez seja o menos mau de todos, mas ao assistirmos de mãos e pés atados àquilo que se passou na sexta-feira passada, sentimo-nos reféns da nossa própria liberdade.
Democracia como poder inalienável do Povo! mas que democracia?!
Na altura foi grande a histeria que se levantou, com alguns membros do governo, de outros partidos e até de dentro do PSD, a levantarem fortes críticas e a censurarem as palavras da Manuela Ferreira Leite.
O Português comum, onde também me incluo, talvez fruto da herança congénita, da tradicional arte de bem navegar, também se deixou levar pela onda.
A verdade porém, é que se reflectirmos com alguma profundidade sobre o que se passou na passada sexta-feira, com a ausência de 30 deputados do PSD e mais alguns do PS da Assembleia da República, chegámos à conclusão que a democracia em Portugal, na verdade, só se pratica de 4 em 4 anos e apenas durante um dia.
Se a democracia é o poder do Povo, esse poder não deveria estar limitado ao mero exercício do poder do voto.
O sistema democrático tal como é praticado pelos nossos governantes e pelos nossos deputados, deveriam fazer condicionar o voto de quem os elege.
Por outras palavras, o Povo fica refém do seu voto durante 4 anos, pois esta democracia não permite que mesmo que uma larga maioria do povo, se veja defraudada nas expectativas, por aqueles a quem confiou o seu voto, terá que os gramar pelo menos por quatro anos, ora assim sendo, o poder efectivamente não está nas mãos do povo, então que democracia é esta?
Há quem confunda democracia com liberdade, mas de facto não é a mesma coisa.
Se temos liberdade para escolher aqueles que queremos que nos governem, não temos a mesma liberdade para os pôr de lá para fora, senão ao fim de 4 anos e entretanto, estes senhores que se dizem governar para o povo, governam-se a si próprios e ajudam os amigos a fazer o mesmo e estão-se nas tintas para o resto da população e o ciclo torna-se vicioso, mas sempre com os mesmos protagonistas, ora agora mando eu, ora agora mandas tu!
E isto é tanto mais dramático, quanto é verdade que desde a década de 80, que o Povo Português tem assistido à delapidação de algumas conquistas de Abril, delapidação essa que já só falta ser viscerofágica, porque os dedos e os anéis já há muito se foram!
O mais revoltante é que os prevaricadores, não têm qualquer pejo em assumir a sua conduta de abutres, em nome e ao serviço da democracia.
É verdade que este sistema talvez seja o menos mau de todos, mas ao assistirmos de mãos e pés atados àquilo que se passou na sexta-feira passada, sentimo-nos reféns da nossa própria liberdade.
Democracia como poder inalienável do Povo! mas que democracia?!
PUBLICAÇÃO : O GADANHA
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