Que Natal?
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
Dizem que vem da Lapónia num trenó puxado por renas, voando. Uma história mágica que nos retira da realidade, por alguns dias.
Não vem mal ao mundo, por as pessoas fugirem, momentaneamente, ao mundo competitivo, egoísta, irresponsável, individualista e desumano; mas a forma que as pessoas encontram para fugir a esse mundo é, também ela, egoísta, irresponsável e desumana. Paremos para pensar.
Será que o ser humano não consegue encontrar a paz interior, sem ser através de um ímpeto consumista desenfriado? Onde está o espírito de amizade, confraternização e entre-ajuda na compra de mais um par de sapatos, mais uma camisola ou de mais um videojogo? Onde mora a responsabilidade daquele que prefere endividar-se ou esbanjar o subsídio de natal (aqueles que o têm) na compra de um presente, só para não ficar "mal visto" perante os outros?
O mundo ocidental tornou-se no mundo das aparências, da imagem e da futilidade; um mundo que nos conduz ao desgaste psíquico e físico e, que mesmo assim, nos induz/guia fim-de-semana após fim-de-semana a amontoarmo-nos em shoppings, em busca de uma espécie de Santo Graal.
Faço mais estas duas perguntas: Se criassem um fundo onde pudéssemos depositar o dinheiro desperdiçado nesta quadra, com o intuito de garantir educação e saúde aos amargurados de todo o mundo, em especial as crianças africanas, será que o faríamos? E porquê que apenas nesta quadra é que todos se tentam mostrar bondosos uns para os outros permutando presentes entre si?
Relativamente à primeira pergunta, se não subscrevêssemos esse fundo, então estaríamos totalmente arredados do verdadeiro espírito natalício. Quanto à segunda questão, eu respondo com uma tradicional festa realizada pelos nativo-americanos satirizando os brancos colonizadores, na qual faziam despertar um relógio ao meio dia, dizendo:"Chegou a hora de termos fome!"
Parem e pensem...
IN ENCRUZILHADAS
PUBLICAÇÃO : Daniel Gomes
Não vem mal ao mundo, por as pessoas fugirem, momentaneamente, ao mundo competitivo, egoísta, irresponsável, individualista e desumano; mas a forma que as pessoas encontram para fugir a esse mundo é, também ela, egoísta, irresponsável e desumana. Paremos para pensar.
Será que o ser humano não consegue encontrar a paz interior, sem ser através de um ímpeto consumista desenfriado? Onde está o espírito de amizade, confraternização e entre-ajuda na compra de mais um par de sapatos, mais uma camisola ou de mais um videojogo? Onde mora a responsabilidade daquele que prefere endividar-se ou esbanjar o subsídio de natal (aqueles que o têm) na compra de um presente, só para não ficar "mal visto" perante os outros?
O mundo ocidental tornou-se no mundo das aparências, da imagem e da futilidade; um mundo que nos conduz ao desgaste psíquico e físico e, que mesmo assim, nos induz/guia fim-de-semana após fim-de-semana a amontoarmo-nos em shoppings, em busca de uma espécie de Santo Graal.
Faço mais estas duas perguntas: Se criassem um fundo onde pudéssemos depositar o dinheiro desperdiçado nesta quadra, com o intuito de garantir educação e saúde aos amargurados de todo o mundo, em especial as crianças africanas, será que o faríamos? E porquê que apenas nesta quadra é que todos se tentam mostrar bondosos uns para os outros permutando presentes entre si?
Relativamente à primeira pergunta, se não subscrevêssemos esse fundo, então estaríamos totalmente arredados do verdadeiro espírito natalício. Quanto à segunda questão, eu respondo com uma tradicional festa realizada pelos nativo-americanos satirizando os brancos colonizadores, na qual faziam despertar um relógio ao meio dia, dizendo:"Chegou a hora de termos fome!"
Parem e pensem...
IN ENCRUZILHADAS
PUBLICAÇÃO : Daniel Gomes
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