Declaração Universal dos direitos do Homem
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
Após uma guerra em que tremendas injustiças foram cometidas, em nome da superioridade da raça alemã por parte de Hitler e restantes dirigentes nazis, conclui-se que era necessário redigir um documento em que ficasse patente um conjunto de direitos que assistiam a todos os seres humanos, independentemente da raça, país, religião ou tez da pele. Atitude louvável, sem dúvida, mas estes senhores esqueceram-se de ler Maquiavel, pois a governação deve ter em conta aquilo que os seres humanos são e não aquilo que nós gostaríamos que os seres humanos fossem. Inevitável e infelizmente, o homem é o lobo de si mesmo, pelo que por mais dignificantes e morais que sejam um conjunto de valores, estes só serão adoptados se isso se traduzir numa vantagem para quem os usa; o que nem sempre acontece!
O que faltou, então, foi retirar a declaração universal dos direitos do homem do alto do seu cadeirão de cristal e colocá-la em prática no dia-a-dia de cada um de nós, através da transmissão desses valores intergeracionalmente e esquecendo o egoísmo que o capitalismo, nos começa a colocar ferozmente. Alguns governos adoptaram parte deste documento nas suas constituições nacionais, contudo a evidente dificuldade da sua concretização e custos associados à sua aplicação continuam a fazer dele uma utopia, em alguns aspectos, mesmo nos países desenvolvidos. Mas se por força do sistema económico-social em que vivemos, o capitalismo, é impossível alcançar na totalidade os valores e objectivos da declaração universal dos direitos do homem, então comece-se pelo mais básico e por onde mais é preciso: na educação universal e cuidados básicos de saúde e habitação nos países menos desenvolvidos.
Apesar de ser difícil, o que está em causa merece o empenho de todos.
PUBLICAÇÃO : O COMENDADOR
0 comentários:
Enviar um comentário