Paços de Brandão - Entre as memórias e a realidade
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Numa crónica recente que foi cá trazida, a propósito das comemorações do centenário do vouguinha, ficou a estranheza de, não se encontrar nenhuma entidade oficial ou alguma associação de Paços de Brandão que se associasse à importância do evento, apesar de no programa oficial das comemorações estar prevista a presença de um grupo de animação do CIRAC, a verdade é que nem a própria população se associou ao evento, salvo algumas pessoas que se encontravam na estação e alguns que viajavam no comboio oficial que partiu de Espinho.
O jornal "Terras da Feira " de hoje, 2ªfeira, integra um interessante artigo de opinião da autoria de Eduardo Rocha, que faz uma reflexão sobre a actual sociedade Brandoense na suas diversas componentes, política, associativa, cultural e cívica.
A informação que me chegou aos ouvidos, é que a ausência de entidades oficiais nas comemorações dos 100 anos da linha do Vouga se deveu a um ajuste de contas.
A autarquia e o CIRAC teriam assim respondido com a sua ausência, a uma anterior pouca disponibilidade da REFER, em colocar as instalações da estação de comboios, ao dispor dos organizadores do Festival de Música de Verão de Paços de Brandão.
O que resultou desta birra, foi em claro prejuízo da população e da dignificação do nome da freguesia, o que a todos deveria envergonhar e já agora faziam muito bem uns e outros, em dar explicações públicas para o sucedido, em vez de se escudarem em argumentos desprovidos de racionalidade e bom senso.
Já em tempos, alguém colocou o dedo na ferida e escrevia que Paços de Brandão fora outrora, uma das mais progressivas vilas do concelho, sofria actualmente de um estado vegetativo profundo, onde o poder político local tem tido grandes responsabilidades nessa espécie de letargia.
Não faltará por certo, quem venha brevemente responder a algumas das questões e reflexões levantadas agora pelo Eduardo Costa, pessoa que pelo nome, não consigo identificar de imediato, mas com a qual concordo em muitos dos aspectos que referiu.
Das respostas que se adivinham pelo porta-voz oficial de serviço à comunicação, é de esperar uma série de rebates arrogantes e desvarios pouco elucidativos , que apenas servem para manter a aparência ilusória, mas completamente desfasada da realidade, dos que ainda julgam que Paços de Brandão tem alguma importância no contexto concelhio.
Talvez importe compreender, de que forma a freguesia tem sido gerida politicamente nas últimas décadas e de que forma também a oposição tem feito o seu papel.
A conclusão é evidente, têm sido sempre os mesmos a gerir os destinos da freguesia, a oposição tem sido nula e a participação dos cidadãos, no acompanhamento e na resolução dos problemas, tem sido de ausência total.
Olhem bem à vossa volta... o que vêem!
O marasmo atingiu uma situação de tal forma insuportável, que deveria fazer despertar as forças vivas da freguesia, na procura de uma alternativa aos modelos que repetidamente têm sido propostos de 4 em 4 anos e que tão fraco desenvolvimento têm proporcionado.
Os poderes do presidente da junta de freguesia são muito limitados, disso todos sabemos, inclusive, alguns que se prestigiavam pela sua alta conduta de desempenho na gestão da limpeza de ruas e valetas, até nisso lhes viram subtraídas competências, com a concessão do serviço à SUMA, aumentando intrinsecamente a sua inutilidade; tudo isso é verdade, mas em Paços de Brandão tudo anda a reboque da intenção passiva e muito pouco engrena marcha numa firme acção de reivindicação e até de confrontação política, tendo em conta o superior interesse da freguesia.
O presidente da junta tem gerido os destinos da freguesia de forma lastimosa. Indiferente na abordagem da colocação de novos projectos para a freguesia, ausente na defesa dos interesses da população (nem sequer se dignou representar a freguesia, na recente assinatura do protocolo para a supressão e requalificação de passagens de nível), o único projecto de empenho que se conhece desta junta de freguesia, é o apoio à candidatura do Clube de Ténis para a cobertura dos cortes.
O Clube de Ténis que tem uma importância inegável no panorama desportivo, local e até regional, não deixa de ser um clube da elite mais abastada de Paços de Brandão, em contra-ponto, mesmo ali ao lado, temos a miserável e deprimente situação da Quinta do Engenho Novo, onde a junta de freguesia pouco ou nada faz junto da Câmara Municipal para dignificar aquele espaço e devolvê-lo à população local.
Mesmo noutras grandes obras da freguesia, como o novo pavilhão do GRIB, a junta de freguesia se tem lá alguma marca é muito leve, pois todo o esforço se deve aos dirigentes do GRIB.
É conhecido o actual estado de degradação estrutural da escola EB 2,3 de Paços de Brandão, sendo um assunto que transcende as suas competências, nada o impedia de juntar a sua voz à daqueles que verdadeiramente se preocupam com a segurança de professores, alunos e docentes e não se deixam tranquilizar com falsas aparências de que não existem riscos nenhuns, pois eles existem mesmo!
Pode ser até, que à junta de freguesia, ou então a uma qualquer fundação de ensino Brandoense, desse jeito que a EB 2,3 fosse já encerrada e os alunos tivessem que ser colocados às pressas em algum edifício próximo que estivesse quase às moscas!
Enfim, seria fastidioso estar aqui a desfiar o imenso rol de competências, para as quais o presidente da junta sempre se revelou um verdadeiro incompetente.
No caso concreto do actual presidente da junta de freguesia, as boas notícias que correm é que não será candidato a reocupar o lugar em 2009, este prenúncio por si só, paradoxalmente, não permite augurar grande tranquilidade para população.
Que alternativas ao poder instalado se colocam? as mesmas de sempre?! só mudam as marionetas?!
A elite política padronizada da freguesia, está gasta e sem perspectivas visíveis e válidas para se poder renovar, portanto é tempo de Paços de Brandão, acabar com este padrão estagnador na cegueira do presente, que vive de olhos colocados no seu passado, e não orienta a sua visão para romper com as fronteiras do futuro.
PUBLICAÇÃO : O GADANHA
O jornal "Terras da Feira " de hoje, 2ªfeira, integra um interessante artigo de opinião da autoria de Eduardo Rocha, que faz uma reflexão sobre a actual sociedade Brandoense na suas diversas componentes, política, associativa, cultural e cívica.
A informação que me chegou aos ouvidos, é que a ausência de entidades oficiais nas comemorações dos 100 anos da linha do Vouga se deveu a um ajuste de contas.
A autarquia e o CIRAC teriam assim respondido com a sua ausência, a uma anterior pouca disponibilidade da REFER, em colocar as instalações da estação de comboios, ao dispor dos organizadores do Festival de Música de Verão de Paços de Brandão.
O que resultou desta birra, foi em claro prejuízo da população e da dignificação do nome da freguesia, o que a todos deveria envergonhar e já agora faziam muito bem uns e outros, em dar explicações públicas para o sucedido, em vez de se escudarem em argumentos desprovidos de racionalidade e bom senso.
Já em tempos, alguém colocou o dedo na ferida e escrevia que Paços de Brandão fora outrora, uma das mais progressivas vilas do concelho, sofria actualmente de um estado vegetativo profundo, onde o poder político local tem tido grandes responsabilidades nessa espécie de letargia.
Não faltará por certo, quem venha brevemente responder a algumas das questões e reflexões levantadas agora pelo Eduardo Costa, pessoa que pelo nome, não consigo identificar de imediato, mas com a qual concordo em muitos dos aspectos que referiu.
Das respostas que se adivinham pelo porta-voz oficial de serviço à comunicação, é de esperar uma série de rebates arrogantes e desvarios pouco elucidativos , que apenas servem para manter a aparência ilusória, mas completamente desfasada da realidade, dos que ainda julgam que Paços de Brandão tem alguma importância no contexto concelhio.
Talvez importe compreender, de que forma a freguesia tem sido gerida politicamente nas últimas décadas e de que forma também a oposição tem feito o seu papel.
A conclusão é evidente, têm sido sempre os mesmos a gerir os destinos da freguesia, a oposição tem sido nula e a participação dos cidadãos, no acompanhamento e na resolução dos problemas, tem sido de ausência total.
Olhem bem à vossa volta... o que vêem!
O marasmo atingiu uma situação de tal forma insuportável, que deveria fazer despertar as forças vivas da freguesia, na procura de uma alternativa aos modelos que repetidamente têm sido propostos de 4 em 4 anos e que tão fraco desenvolvimento têm proporcionado.
Os poderes do presidente da junta de freguesia são muito limitados, disso todos sabemos, inclusive, alguns que se prestigiavam pela sua alta conduta de desempenho na gestão da limpeza de ruas e valetas, até nisso lhes viram subtraídas competências, com a concessão do serviço à SUMA, aumentando intrinsecamente a sua inutilidade; tudo isso é verdade, mas em Paços de Brandão tudo anda a reboque da intenção passiva e muito pouco engrena marcha numa firme acção de reivindicação e até de confrontação política, tendo em conta o superior interesse da freguesia.
O presidente da junta tem gerido os destinos da freguesia de forma lastimosa. Indiferente na abordagem da colocação de novos projectos para a freguesia, ausente na defesa dos interesses da população (nem sequer se dignou representar a freguesia, na recente assinatura do protocolo para a supressão e requalificação de passagens de nível), o único projecto de empenho que se conhece desta junta de freguesia, é o apoio à candidatura do Clube de Ténis para a cobertura dos cortes.
O Clube de Ténis que tem uma importância inegável no panorama desportivo, local e até regional, não deixa de ser um clube da elite mais abastada de Paços de Brandão, em contra-ponto, mesmo ali ao lado, temos a miserável e deprimente situação da Quinta do Engenho Novo, onde a junta de freguesia pouco ou nada faz junto da Câmara Municipal para dignificar aquele espaço e devolvê-lo à população local.
Mesmo noutras grandes obras da freguesia, como o novo pavilhão do GRIB, a junta de freguesia se tem lá alguma marca é muito leve, pois todo o esforço se deve aos dirigentes do GRIB.
É conhecido o actual estado de degradação estrutural da escola EB 2,3 de Paços de Brandão, sendo um assunto que transcende as suas competências, nada o impedia de juntar a sua voz à daqueles que verdadeiramente se preocupam com a segurança de professores, alunos e docentes e não se deixam tranquilizar com falsas aparências de que não existem riscos nenhuns, pois eles existem mesmo!
Pode ser até, que à junta de freguesia, ou então a uma qualquer fundação de ensino Brandoense, desse jeito que a EB 2,3 fosse já encerrada e os alunos tivessem que ser colocados às pressas em algum edifício próximo que estivesse quase às moscas!
Enfim, seria fastidioso estar aqui a desfiar o imenso rol de competências, para as quais o presidente da junta sempre se revelou um verdadeiro incompetente.
No caso concreto do actual presidente da junta de freguesia, as boas notícias que correm é que não será candidato a reocupar o lugar em 2009, este prenúncio por si só, paradoxalmente, não permite augurar grande tranquilidade para população.
Que alternativas ao poder instalado se colocam? as mesmas de sempre?! só mudam as marionetas?!
A elite política padronizada da freguesia, está gasta e sem perspectivas visíveis e válidas para se poder renovar, portanto é tempo de Paços de Brandão, acabar com este padrão estagnador na cegueira do presente, que vive de olhos colocados no seu passado, e não orienta a sua visão para romper com as fronteiras do futuro.
PUBLICAÇÃO : O GADANHA
0 comentários:
Enviar um comentário