Freeport
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Este país é um país de modas. Durante uns tempos foi a “Casa Pia”, passado mais uns tempos foi o “Apito Dourado” e agora é o “Freeport”. Estas modas impostas pela comunicação social têm, todas elas, algo em comum: pouco rigor nos factos, interesses obscuros das redacções e “julgamentos na praça pública”.
Falemos do caso Freeport, porque está na moda e estamos fartos de todos os outros casos. Existe algo de intrigante, que salta à vista: o ressurgimento do caso, nas vésperas das eleições. Já se tinha sucedido em 2005 e, agora, surge em 2009. Inexplicavelmente, o caso esteve parado 4 anos, e fica a questão: Existirá alguma razão concreta para isto acontecer ou será fruto do acaso? Será resultado de intrigas político-partidárias?
Olhando mais de perto para os presumíveis interesses obscuros, se estes existissem, o seu alvo seria claro: o primeiro-ministro. Quem sairia beneficiado com o desgaste político provocado pelo caso? A resposta é óbvia.
Analisemos um pouco o que aconteceu e que envolve José Sócrates. Para a construção do empreendimento Freeport seria preciso alterar o ecossistema e modo de vida da fauna existente na região. A Quercus criticou o projecto e tentou impugná-lo, conseguindo dessa forma uma redução da área de construção. Apesar disto, uma pequena parcela do empreendimento, que inicialmente não se encontrava afectada ao projecto, pertencia à Zona de Protecção Especial (ZPE). Aparentemente é aqui que José Sócrates entra no caso, pois enquanto ministro do ambiente do governo do engenheiro António Guterres, alterou a classificação da zona, já numa fase de governo de gestão.
Segundo as autoridades britânicas, José Sócrates recebeu “umas luvas” para proceder àquela alteração. Até ver nada é explícito nas gravações, implicando José Sócrates a aceitar algo; o que me parece mais claro é o aproveitamento de alguns elementos da sua família, a usar o seu nome, para obter benefícios em proveito próprio. Portanto é inadmissível que estejamos a julgar o primeiro-ministro de Portugal na praça pública com base em insinuações. E já agora, ninguém tem culpa da família que tem.
Não pretendo com isto demonstrar confiança cega no primeiro-ministro, mas ele ocupa uma das funções mais importantes da nação e, como tal, precisa da confiança dos portugueses para o exercício da mesma. Alias, neste momento de instabilidade económica e financeira, o país não precisa de instabilidade política.
Por último, reflictamos sobre o papel da comunicação social. Será possível que um ou dois jornais possam levantar suspeitas sobre um dirigente político, forçando-o à demissão, sem que existam provas concretas para tal? Se este caso rebentasse a meio da legislatura, será que o primeiro-ministro aguentaria a pressão até ao fim?
Hoje, mais do que nunca, os meios de comunicação social devem estabelecer um equilíbrio rigoroso entre a vertente comercial e a obrigação de informar imparcialmente.
Falemos do caso Freeport, porque está na moda e estamos fartos de todos os outros casos. Existe algo de intrigante, que salta à vista: o ressurgimento do caso, nas vésperas das eleições. Já se tinha sucedido em 2005 e, agora, surge em 2009. Inexplicavelmente, o caso esteve parado 4 anos, e fica a questão: Existirá alguma razão concreta para isto acontecer ou será fruto do acaso? Será resultado de intrigas político-partidárias?
Olhando mais de perto para os presumíveis interesses obscuros, se estes existissem, o seu alvo seria claro: o primeiro-ministro. Quem sairia beneficiado com o desgaste político provocado pelo caso? A resposta é óbvia.
Analisemos um pouco o que aconteceu e que envolve José Sócrates. Para a construção do empreendimento Freeport seria preciso alterar o ecossistema e modo de vida da fauna existente na região. A Quercus criticou o projecto e tentou impugná-lo, conseguindo dessa forma uma redução da área de construção. Apesar disto, uma pequena parcela do empreendimento, que inicialmente não se encontrava afectada ao projecto, pertencia à Zona de Protecção Especial (ZPE). Aparentemente é aqui que José Sócrates entra no caso, pois enquanto ministro do ambiente do governo do engenheiro António Guterres, alterou a classificação da zona, já numa fase de governo de gestão.
Segundo as autoridades britânicas, José Sócrates recebeu “umas luvas” para proceder àquela alteração. Até ver nada é explícito nas gravações, implicando José Sócrates a aceitar algo; o que me parece mais claro é o aproveitamento de alguns elementos da sua família, a usar o seu nome, para obter benefícios em proveito próprio. Portanto é inadmissível que estejamos a julgar o primeiro-ministro de Portugal na praça pública com base em insinuações. E já agora, ninguém tem culpa da família que tem.
Não pretendo com isto demonstrar confiança cega no primeiro-ministro, mas ele ocupa uma das funções mais importantes da nação e, como tal, precisa da confiança dos portugueses para o exercício da mesma. Alias, neste momento de instabilidade económica e financeira, o país não precisa de instabilidade política.
Por último, reflictamos sobre o papel da comunicação social. Será possível que um ou dois jornais possam levantar suspeitas sobre um dirigente político, forçando-o à demissão, sem que existam provas concretas para tal? Se este caso rebentasse a meio da legislatura, será que o primeiro-ministro aguentaria a pressão até ao fim?
Hoje, mais do que nunca, os meios de comunicação social devem estabelecer um equilíbrio rigoroso entre a vertente comercial e a obrigação de informar imparcialmente.
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