As parcerias público-privadas chegam aos cemitérios
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
As palavras são do próprio presidente da junta de freguesia de Nogueira da Regedoura.
As obras de alargamento do cemitério local vão ser concretizadas ao abrigo de uma parceria público-privada.
Significa isto que a empresa privada irá fazer as obras e capitalizar mais valias, que decorrerão da venda de sepulturas.
Confesso que me faz alguma espécie este tipo de negócio, a especulação imobiliária nos terrenos dos cemitérios atinge proporções indecorosas, com o preço por metro quadrado a atingir valores obscenos, uma simples sepultura pode valer mais de 4000 euros.
A verdade é que enquanto houver gente disposta a alimentar este negócio, ele continuará a florescer com interesses muito nebulosos de permeio.
É necessária na minha perspectiva, uma nova estratégia para administrar estes espaços. Desde logo devem as juntas de freguesia limitar ao mínimo a venda de terrenos, salvaguardando para si a maior parte dos terrenos, só assim será possível evitar a constante sobrelotação dos cemitérios e a procura quase contínua de novos espaços para alargamento.
É necessário igualmente, ter uma nova perspectiva relativamente à disponibilização de espaços para deposição de cinzas e construção de módulos para ossadas, a substituição do granito e do mármore por espaços verdes em relva, tornariam certamente estes espaços um pouco menos sombrios e mais agradáveis à vista, tendo em consideração as limitações do uso a que se destinam.
No caso concreto do cemitério de Nogueira da Regedoura, as obras de alargamento foram agora anunciadas e já foi manifestado interesse na aquisição de uma parte significativa do terreno.
O mesmo sucede em Santa Maria de Lamas, onde o projecto de alargamento do cemitério ainda não passa de uma intenção, mas, já conta com muita gente interessada na aquisição de sepulturas. Não deixa de ser algo mórbida esta correria aos terrenos do cemitério, mas enfim... cada um sabe de si e das suas necessidades.
O culto da morte, é assim instigado ao povo, numa visão troglodita e maniqueísta com propósitos marcadamente mercantis, ainda que me mereçam respeito e aceitação todas as formas livres de culto aos mortos.
PUBLICAÇÃO : O GADANHA
Significa isto que a empresa privada irá fazer as obras e capitalizar mais valias, que decorrerão da venda de sepulturas.
Confesso que me faz alguma espécie este tipo de negócio, a especulação imobiliária nos terrenos dos cemitérios atinge proporções indecorosas, com o preço por metro quadrado a atingir valores obscenos, uma simples sepultura pode valer mais de 4000 euros.
A verdade é que enquanto houver gente disposta a alimentar este negócio, ele continuará a florescer com interesses muito nebulosos de permeio.
É necessária na minha perspectiva, uma nova estratégia para administrar estes espaços. Desde logo devem as juntas de freguesia limitar ao mínimo a venda de terrenos, salvaguardando para si a maior parte dos terrenos, só assim será possível evitar a constante sobrelotação dos cemitérios e a procura quase contínua de novos espaços para alargamento.
É necessário igualmente, ter uma nova perspectiva relativamente à disponibilização de espaços para deposição de cinzas e construção de módulos para ossadas, a substituição do granito e do mármore por espaços verdes em relva, tornariam certamente estes espaços um pouco menos sombrios e mais agradáveis à vista, tendo em consideração as limitações do uso a que se destinam.
No caso concreto do cemitério de Nogueira da Regedoura, as obras de alargamento foram agora anunciadas e já foi manifestado interesse na aquisição de uma parte significativa do terreno.
O mesmo sucede em Santa Maria de Lamas, onde o projecto de alargamento do cemitério ainda não passa de uma intenção, mas, já conta com muita gente interessada na aquisição de sepulturas. Não deixa de ser algo mórbida esta correria aos terrenos do cemitério, mas enfim... cada um sabe de si e das suas necessidades.
O culto da morte, é assim instigado ao povo, numa visão troglodita e maniqueísta com propósitos marcadamente mercantis, ainda que me mereçam respeito e aceitação todas as formas livres de culto aos mortos.
PUBLICAÇÃO : O GADANHA
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