Cuidado com os Homens atrás da cortina!
sábado, 21 de fevereiro de 2009
Esta semana protagonizou-se mais um acto lamentável, por parte do ministério público. Mais uma vez, nos deparamos com a inabilidade de alguns membros dos ministérios nacionais na tomada de decisões e a vontade da imprensa de colar esta decisão ao primeiro-ministro Sócrates.
De facto, parece que se tem tornado moda, nos últimos anos, o surgimento de tiques ditatoriais. Estes tiques surgiram durante a governação de Cavaco Silva e agora com a governação de José Sócrates, isto é, sempre que nos encontramos em maiorias absolutas. Os ímpetos reformistas associados quer a uma quer a outra governação podiam “justificar” a tomada de algumas decisões, menos democráticas, dado o interesse que algumas dessas medidas acarretavam para o país. Mas não podemos cair no erro de assumir que uma ou outra actuação política é a mais ou menos correcta, pois ninguém detém a verdade absoluta dos factos, e se o fizéssemos, estaríamos a escancarar as portas para uma nova e mesquinha autoridade moral que, mais cedo ou mais tarde, se tornaria uma ditadura ou democracia musculada.
O estilo de governação de Sócrates é claro: ninguém deve contestar o líder e todos sabem quem manda; e os portugueses até gostam disso, pois séculos de inquisição e 40 anos de Salazarismo deixariam a sua marca em qualquer povo. Pessoalmente, não estou contra este estilo de governação, em períodos de colapso económico e social, pois é nestas alturas que a imposição de medidas difíceis têm que ser tomadas. Porventura, apenas o admito em situações de interesse nacional, e nunca em questões de carácter regional e mesquinha, como se sucedeu por várias ocasiões. Mas atenção: não tomemos a parte pelo todo. Não devemos julgar toda uma governação, com base em tiques levados a cabo por membros da administração central, embora admita que Sócrates não dê as indicações necessárias para que esses mesmos tiques, se extingam.
Este recente caso em Torres Vedras resultou de uma denúncia de um civil sobre umas imagens mais “picantes” que se encontravam coladas num Magalhães, isto é, estavam a fazer uma sátira ao computador e à possibilidade de as crianças acederem a conteúdos pornográficos através da Internet. Sinceramente, creio que o civil não estava preocupado com as imagens, até porque essas imagens não apresentavam nada de extraordinário, mas sim com a sátira ao Magalhães, isto é, este civil estava preocupado com a imagem do governo e do primeiro-ministro que certamente ajudou a eleger.
Inexplicavelmente, o ministério público acede à “prece” do cidadão indignado, sem sequer verificar as imagens contidas no computador. Certamente que nenhum cidadão gostaria de ver imagens de pornografia explicita na via pública, onde crianças estivessem a assistir, contudo nada disso se verificou neste caso, daí que eu rotule de inabilidade toda esta actuação do ministério.
Por outro lado, parece-me inadmissível que tentassem associar esta decisão a José Sócrates, só porque este é o “pai” do Magalhães. Não creio que o primeiro-ministro tenha muito tempo para se preocupar com uma sátira que surja neste ou naquele carnaval; o que me parece preocupante são as actuações destes “ditadorezinhos” que surgem no meio da administração central.
De facto, parece que se tem tornado moda, nos últimos anos, o surgimento de tiques ditatoriais. Estes tiques surgiram durante a governação de Cavaco Silva e agora com a governação de José Sócrates, isto é, sempre que nos encontramos em maiorias absolutas. Os ímpetos reformistas associados quer a uma quer a outra governação podiam “justificar” a tomada de algumas decisões, menos democráticas, dado o interesse que algumas dessas medidas acarretavam para o país. Mas não podemos cair no erro de assumir que uma ou outra actuação política é a mais ou menos correcta, pois ninguém detém a verdade absoluta dos factos, e se o fizéssemos, estaríamos a escancarar as portas para uma nova e mesquinha autoridade moral que, mais cedo ou mais tarde, se tornaria uma ditadura ou democracia musculada.
O estilo de governação de Sócrates é claro: ninguém deve contestar o líder e todos sabem quem manda; e os portugueses até gostam disso, pois séculos de inquisição e 40 anos de Salazarismo deixariam a sua marca em qualquer povo. Pessoalmente, não estou contra este estilo de governação, em períodos de colapso económico e social, pois é nestas alturas que a imposição de medidas difíceis têm que ser tomadas. Porventura, apenas o admito em situações de interesse nacional, e nunca em questões de carácter regional e mesquinha, como se sucedeu por várias ocasiões. Mas atenção: não tomemos a parte pelo todo. Não devemos julgar toda uma governação, com base em tiques levados a cabo por membros da administração central, embora admita que Sócrates não dê as indicações necessárias para que esses mesmos tiques, se extingam.
Este recente caso em Torres Vedras resultou de uma denúncia de um civil sobre umas imagens mais “picantes” que se encontravam coladas num Magalhães, isto é, estavam a fazer uma sátira ao computador e à possibilidade de as crianças acederem a conteúdos pornográficos através da Internet. Sinceramente, creio que o civil não estava preocupado com as imagens, até porque essas imagens não apresentavam nada de extraordinário, mas sim com a sátira ao Magalhães, isto é, este civil estava preocupado com a imagem do governo e do primeiro-ministro que certamente ajudou a eleger.
Inexplicavelmente, o ministério público acede à “prece” do cidadão indignado, sem sequer verificar as imagens contidas no computador. Certamente que nenhum cidadão gostaria de ver imagens de pornografia explicita na via pública, onde crianças estivessem a assistir, contudo nada disso se verificou neste caso, daí que eu rotule de inabilidade toda esta actuação do ministério.
Por outro lado, parece-me inadmissível que tentassem associar esta decisão a José Sócrates, só porque este é o “pai” do Magalhães. Não creio que o primeiro-ministro tenha muito tempo para se preocupar com uma sátira que surja neste ou naquele carnaval; o que me parece preocupante são as actuações destes “ditadorezinhos” que surgem no meio da administração central.
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