Santa Maria da Feira fica a ver a Exponor XXI por um canudo...
sábado, 11 de outubro de 2008
AEP suspende o projecto de interesse nacional (PIN) exponor XXI
O presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP), José António Barros declarou recentemente que a AEP suspendeu o projecto de interesse nacional (PIN) exponor XXI.
O projecto previa a deslocalização da Exponor de Matosinhos para Santa Maria da Feira, num investimento de 850 milhões de Euros.
Isto não é mais nem menos que a confirmação do óbito, do projecto âncora de expansão do Europarque, que serviu amplamente de mote eleitoralista nas últimas autárquicas em 2005.
Sem a âncora para o segurar, temos agora uma nau à deriva, com a Câmara da Feira a ficar a ver navios...
Numa tentativa de controlar o rumo dum navio em naufrágio latente , é dado o mote para as próximas autárquicas de 2009, o guardião-mor do "templo de Nostradamus", Alfredo Henriques coloca as mãos no leme e encontra alternativas ao projecto exponor XXI.
Chegados aqui, afloram-se-me algumas questões de mero desconhecimento ou ignorância:
Se o Projecto de Interesse Nacional exponor XXI foi suspenso pelos promotores do projecto, significa que a área que que lhe estava afecta deixou de estar abrangida por um PIN (la Palice não diria melhor), então como é que o Presidente da Câmara Alfredo Henriques anuncia desde já alternativas para aquele espaço tais como:
Vários projectos ligados ao turismo, como campos de golfe, e a construção de equipamentos "ligados à inovação tecnológica e desenvolvimento da indústria tradicional da região (cortiça e calçado) e que terão ligação aos centros tecnológicos.
Dá, ainda, como prevista a construção do Parque da Ciência e Tecnologia (Feira Parque), em que a AEP é sócia maioritária, assim como uma "central fotovoltaica".
Não era este o mesmo discurso em 2005?
Porque é que estes senhores são sempre uns previsionários e não falam em obra concretizada?
Onde estão os 3000 postos de trabalho?
Onde está a alavanca de desenvolvimento sustentado do concelho?
O que ressalta de forma inequívoca, é que o concelho tem pouca importância na Grande Área Metropolitana do Porto, com tendência para essa importância se tornar residual.
Tanta demagogia eleitoral só nos pode levar a concluir que, Santa Maria da Feira é um concelho adiado pelas previsões mais optimistas e tem sido gerida ao sabor de expectativas frustradas.
Este modelo de gestão já provou toda a sua falência, e exemplo sintomático é o recente colapso dos mercados financeiros, que também funcionam na base das expectativas.
Melhor seria contratar um desses astrólogos que proliferam pelas capas dos jornais e revistas, e colocá-los ao serviço da Câmara. As suas previsões terão fortes probabilidades de serem mais credíveis.
PUBLICAÇÃO : O GADANHA
O projecto previa a deslocalização da Exponor de Matosinhos para Santa Maria da Feira, num investimento de 850 milhões de Euros.
Isto não é mais nem menos que a confirmação do óbito, do projecto âncora de expansão do Europarque, que serviu amplamente de mote eleitoralista nas últimas autárquicas em 2005.
Sem a âncora para o segurar, temos agora uma nau à deriva, com a Câmara da Feira a ficar a ver navios...
Numa tentativa de controlar o rumo dum navio em naufrágio latente , é dado o mote para as próximas autárquicas de 2009, o guardião-mor do "templo de Nostradamus", Alfredo Henriques coloca as mãos no leme e encontra alternativas ao projecto exponor XXI.
Chegados aqui, afloram-se-me algumas questões de mero desconhecimento ou ignorância:
Se o Projecto de Interesse Nacional exponor XXI foi suspenso pelos promotores do projecto, significa que a área que que lhe estava afecta deixou de estar abrangida por um PIN (la Palice não diria melhor), então como é que o Presidente da Câmara Alfredo Henriques anuncia desde já alternativas para aquele espaço tais como:
Vários projectos ligados ao turismo, como campos de golfe, e a construção de equipamentos "ligados à inovação tecnológica e desenvolvimento da indústria tradicional da região (cortiça e calçado) e que terão ligação aos centros tecnológicos.
Dá, ainda, como prevista a construção do Parque da Ciência e Tecnologia (Feira Parque), em que a AEP é sócia maioritária, assim como uma "central fotovoltaica".
Não era este o mesmo discurso em 2005?
Porque é que estes senhores são sempre uns previsionários e não falam em obra concretizada?
Onde estão os 3000 postos de trabalho?
Onde está a alavanca de desenvolvimento sustentado do concelho?
O que ressalta de forma inequívoca, é que o concelho tem pouca importância na Grande Área Metropolitana do Porto, com tendência para essa importância se tornar residual.
Tanta demagogia eleitoral só nos pode levar a concluir que, Santa Maria da Feira é um concelho adiado pelas previsões mais optimistas e tem sido gerida ao sabor de expectativas frustradas.
Este modelo de gestão já provou toda a sua falência, e exemplo sintomático é o recente colapso dos mercados financeiros, que também funcionam na base das expectativas.
Melhor seria contratar um desses astrólogos que proliferam pelas capas dos jornais e revistas, e colocá-los ao serviço da Câmara. As suas previsões terão fortes probabilidades de serem mais credíveis.
PUBLICAÇÃO : O GADANHA
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