Ciência - Notícias de Marte
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Uma sonda detectou a presença de sílica hidratada em Marte, informou a Nasa, a agência espacial americana, nesta quarta-feira. A descoberta do mineral hidratado, popularmente conhecido como opala, sugere que a água esteve presente na superfície do planeta por dois mil milhões de anos a mais do que imaginavam os cientistas.
As evidências recolhidas pela sonda Mars Reconnaissance Orbiter reacenderam a suspeita de que a água teve um importante papel na formação geológica e na sustentação da vida em Marte. "Essa é uma descoberta excitante porque estende a existência de água líquida e determina os espaços onde ela pode ter mantido seres vivos", declarou o pesquisador Scott Murchie, da Universidade John Hopkins.
Os minerais hidratados recém-descobertos são o tipo mais jovem já encontrado em Marte. Eles costumam se formar no encontro de materiais produzidos por atividade vulcânica ou pelo impacto de meteoritos com água. Antes deles, outros dois minerais com água haviam sido descobertos na superfície marciana, os filossilicatos e os sulfatos. Um artigo publicado na edição de novembro da revista científica Geology descreve a descoberta.
Fonte : Veja.com
Actividade biológica em Marte?
Há alguns anos foi anunciada a descoberta de metano na atmosfera de Marte. Graças a observações espectroscópicas, feitas a partir da Terra e de um instrumento a bordo da sonda europeia Mars Express, tinham sido reunidos indícios da presença deste gás.
A notícia provocou algum alvoroço; o metano devia desaparecer na atmosfera marciana ao fim de cerca de 300 anos e, portanto, algum mecanismo no próprio planeta devia estar a fornecê-lo de forma contínua à atmosfera. Uma das hipóteses era, tal como acontece na Terra, a actividade biológica...
Agora, depois de mais uns anos a adquirir e analisar dados, um cientista da NASA, Michael Mumma, prepara-se para publicar os seus resultados. Que apontam para a real presença do metano e para uma distribuição que está longe de ser homogénea na atmosfera do planeta.
Pelo contrário, parecem existir áreas muito específicas em que as concentrações podem subir até aos 60 ppb (contra os 10 ppb anunciados no passado). Além disso, o metano parece ser destruído em Marte muito mais depressa do que se admitia anteriormente - as concentrações baixam drasticamente em menos de um ano. O que também quer dizer que a taxa de produção nas regiões suspeitas é muito maior do que se pensava...
Fica ainda a questão da origem deste gás em Marte. Vulcões em actividade nunca foram ali detectados - o que não quer dizer que o metano não resulte de reacções envolvendo rochas vulcânicas... E quanto a micróbios no subsolo marciano, bem, essa continua a ser uma questão sem resposta.
Fonte : Expresso
PUBLICAÇÃO : O COMENDADOR
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