Vinocor e Subercor - Viabilidade é possível

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Há dias soube que as empresas do grupo Suberus "Vinocor" e "Subercor" têm viabilidade económica, apesar de terem estado na eminência de fechar portas.

Os anteriores administradores terão pedido a insolvência das empresas face à pressão dos credores, o que é certo é que com a gestão de um administrador judicial as empresas operaram um verdadeiro milagre, tendo pago os vencimentos que estavam em atraso desde Dezembro e inclusive, já pagaram os vencimentos do mês de Março (versão de um alto dirigente sindical, mas que ainda não pude confirmar).

Ora, tudo isto é notável se analisarmos o contexto actual de crise. Como não acredito em milagres espontâneos (nem nos mais retardados) e sem querer retirar méritos ao administrador judicial, tenho que concluir que a anterior administração foi incompetente e criminosa ao levar as empresas para a situação dramática em que se encontram, agravada pelo desvio de dinheiros das empresas para parte incerta.

Poucas dúvidas restam quanto à intenção inqualificável da anterior administração, ao alegar indisponibilidade financeira para liquidar os vencimentos aos trabalhadores.

O que se verificou foi uma clara, descarada e desavergonhada tentiva de encerrar de forma fraudulenta uma empresa e empurrar para cima do estado e dos trabalhadores, em primeira instância, os custos sociais e financeiros desta fraude.

Espera-se naturalmente, que entre em campo a autoridade máxima para a investigação do crime económico e que se apurem e punam os responsáveis de forma exemplar, confiscando aos ex-administradores património adquirido ilegalmente à custa da descapitalização das empresas.

Conclui-se portanto que a Vinocor e a Subercor, que andaram pelas bocas do mundo, pelas piores razões, que tanto sofrimento, angústia e insegurança causaram aos seus trabalhadores, são afinal duas empresa onde a viabilidade económica é possível desde que geridas com seriedade, responsabilidade e competência. No fundo, este é mais um exemplo como tantos outros, até dentro do próprio sector corticeiro que contraria a ideia dos sintomas catastróficos para a indústria corticeira. Constata-se que houve um empolamento claro da crise, para daí se retirar proveitos. A assinatura recente do memorando de entendimento com linhas de apoio para o sector corticeiro entre o governo e a Apcor, demonstra que a choraminguice mamadeira resultou em pleno, com benefícios para ambas as partes. Uns porque promoveram marketing político em ano de eleições com estrondoso sucesso, à custa da cegueira de outros. Outros porque se aproveitam da mesma cegueira para se transformarem em novos paladinos da justiça social quando o que sempre fizeram foi explorar os trabalhadores.

PUBLICAÇÃO : O GADANHA

1 comentários:

Anónimo disse...

venho por este meio informar que só foi pago aos trabalhadores o mes de fevereiro,e o mes de março, pelo administador da vinocor pois so pode pagar o q estiver em devida apos o sua tomada de posse o q estiver mais n paga.....o subs de dezembro,o mes de dezembro e de janeiro ainda não foi pago..é bom q se esclareça as coisas para q não haja ilusoes ...

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