Oopss! I did it again! Oposição ao Partido do Sócrates (OPS)

O Manuel está mais Alegre do que nunca, Oopss!... o Manuel não, o poeta!!!

A Oposição ao Partido de Sócrates (OPS), lançou o primeiro número da revista virtual de opinião socialista (OPS).
Nesta 1ª edição Manuel Alegre, alguns chamam-lhe o "Avô Cantigas", escreveu o editorial.

O sindicalismo e as relações laborais são os temas mais aflorados, tendo inclusive, Carvalho da Silva, líder da CGTP-IN, concedido uma entrevista a propósito da Reforma Laboral, altamente penalizadora e regressiva para o trabalhador, que o Governo do PS se prepara para levar por diante.
Manuel Alegre fez-se rodear de renovadores Comunistas e de Bloquistas na apresentação da revista.

Confesso que sempre me fez alguma confusão, esta espécie de piscar de olhos com pedido de namoro, que são as relações do Socialista M.Alegre com o Bloco de Esquerda.
Primeiro, porque Manuel Alegre continua casado com o PS, como a lei Portuguesa não permite a bigamia, logo o Manuel Poeta, ainda não poderá casar com o BE, apesar disso nada os impede de antecipar já o noivado.

Depois, há que contar com o marido "encornado", onde a sua honra, leia-se maioria, se vê comprometida, com esta infidelidade.

Seria interessante fazer algumas conjecturas e especular um pouco sobre estratégia política:
Imagine-se que por hipótese absurda, Manuel Alegre provocava uma cisão no PS e criava um novo partido que concorresse às Legislativas de 2009, para o BE seria dramático e quase seria exterminado da cena política Portuguesa, porquê?

Porque Manuel Alegre arrastaria atrás de si a massa popular, que votou PS nas anteriores Legislativas e que, neste momento, se encontra descontente e desalinhada com o PS.

Ora este é precisamente o eleitorado que o BE também disputa e que lhe tem dado excelentes resultados nas sondagens.

Este cenário a colocar-se, até nem seria mau de todo para Sócrates e para os seguidores do seu rebanho, com a mais que provável perda da maioria absoluta, seria mais fácil encontrar parcerias para viabilizar o seu governo com os Alegristas do que com o BE ou mesmo o PSD.

No entanto M.Alegre tem um problema, não tem uma máquina partidária bem lubrificada (como se viu nas últimas presidenciais), e seriam necessários pelo menos 8 anos, para colocar esta engrenagem operacional. Esta talvez seja a razão que leva Alegre a fazer uma aproximação ao BE e este aceite de braços abertos tão formosa "donzela", neste caso, o seu eleitorado tradicional junto com o eleitorado do Alegre, seria um rude golpe no PS.

Mas e há sempre um mas, o que me parece, é que muitos dos militantes (aderentes) do BE, principalmente os de corrente mais radical, não veriam esta encenação com muito bons olhos, à semelhança do que acontece com o acordo do Vereador Sá Fernandes e os Socialistas na C.M. Lisboa.

Nesta rocambolesca história, talvez se possa passar ao lado das estratégias partidárias e reflectir com profundidade, na incongruência das posições que Manuel Alegre tem assumido como deputado na Assembleia da República e mesmo dentro do próprio PS, e as suas posições fora deste "reino".

Por tudo isto, eu aconselhava o BE a seguir à letra a cultura do povo:
"Do PS, tal como de Espanha, nem bom vento nem bom casamento!"