Sociedade sem classes

sábado, 12 de julho de 2008


Idiocracia de uma sociedade sem classes

Desde que as sociedades se estruturaram em conceitos civilizacionais, a dicotomia entre exploradores e explorados sempre teve por base o materialismo.

Numa sociedade pura sem classes, o estado assumiria o dever de manter essa igualdade, de forma paternalista e ilimitada.

Não existe nada que caracterize melhor o homem como a sua capacidade de pensar livremente, por esta razão qualquer tentativa de controlo do indivíduo, seria sempre fracassada.

Os variados conceitos ideológicos e políticos que nos chegam da Esquerda à Direita, não são capazes de contrariar o pensamento livre do indivíduo enquanto parte integrante de uma sociedade.

Numa sociedade livre, onde o indivíduo não esteja oprimido socialmente, a exploração será sempre praticada na exacta medida em que for aceite.

Os defensores da sociedade sem classes, imbuídos de algum lirismo, continuam a acreditar que é possível quebrar esta corrente. Mas, mesmo numa sociedade sem classes é necessário, organizar o poder de forma a assegurar que a pirâmide não se prolongue a partir da base.

Entramos então na idiocracia! o estado é abstracto, como tal necessita que as cúpulas manipuladoras se instalem comodamente no poder e a partir do vértice estendam filamentos até à base, para depois terem a capacidade de orientar a sociedade no sentido da igualdade.

Entre iguais não há diferentes, nem se estratificam os diversos estádios de uma casta de privilegiados, para que possam exercer o poder em auto-sustento, atirando às malvas, a sociedade sem classes.

A desigualdade social combate-se com justiça na distribuição da riqueza obtida, mas sem retirar sentido à sua produção, só com trabalho se conseguem alavancas para o progresso comum.

Outra interpretação será pura fantasia... é na harmonia dos equilíbrios que se desenvolvem os avanços civilizacionais e não na obstinada luta pelo pendor favorável da balança.

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