Viagem Medieval em Terras de Santa Maria (capitulo 3º)
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
Viagem Medieval 2008 - Santa Maria da Feira
Capitulo 3º - Politica
PUBLICAÇÃO : O GADANHA
Este tomo será dedicado à relação existente entre a política, os políticos do reino e a Viagem Medieval.
Como todos são quase capazes de reconhecer (especialmente os próprios) este evento é de primaz importância para as mais altas patentes políticas cá do burgo.
Houve inclusive, fidalgos e nobres infiéis que passaram algum tempo a estagiar para este majestoso evento. É importante não fazer má figura, principalmente no ano que precede a eleição das cortes.
A "lenda do milagre das rosas", facto histórico predominante nesta edição da Viagem Medieval, tem sido habilmente aproveitado pelos "infiéis", para tentar captar apoios para as suas nobres(???) causas.
Há quem se lamente deste oportunismo histórico, no entanto, é inquestionável que o corolário desta empreitada será o sacrifício do "azeite" aos deuses pagãos, não faltarão por certo, entre os correlegionários desta seita, quem se prontifique para realizar as exéquias fúnebres de tão macabro sacrifício.
Quanto à realeza, tal como sempre, este é o evento que faz as delícias porcinantes do povo, trajados a rigor lá vão acenando aos seus súbditos contemplando a sua orgulhosa veneração.
Nos decrépitos cofres reais, sempre existe um fundo falso, para fazer face às indigências do povo.
É uma questão de estabelecer prioridades :
Se o povo não tem latrinas, o povo não se importa.
Se o povo não tem "carne de porco para comer", bem aí a conversa já é outra...portanto o investimento real é justificado e assenta principalmente, na rede de promiscuidades existentes entre as cortes e a fidalgaria.
Outra extraordinária realização dos reinantes, é disponibilizar carroças para os plebeus de fora do reino, deixando os seus súbditos despojados de qualquer transporte dignificante que não sejam os andarilhos. Os pobres da periferia do burgo estão demasiado "leprosos" para se puderem juntar ao festim, além disso não carregam consigo aquilo que é mais importante - "uns dinheiros"!
O Castelo, ex-libris e fortaleza do burgo, que já não é pertença do rei, muito menos do reino, foi concessionado à "Grande Loja da Comissão de Vigilância", que bom proveito tem tirado desta espécie de parceria entre o reino e a Ordem Militar dos Cavaleiros Templários (entidade privada).
O esquema é simples:
A Grande Loja da Comissão de Vigilância, faz a manutenção do Castelo, através de subsídios do IPPAR e depois faz o arrendamento ao reino, em troca de avultados "dinheiros".
Não se pense que aqui existe algum breu, coisa típica da idade das trevas, tudo normal...
É o comensalismo elevado à sua exponenciação máxima!
O reino beneficia do espaço para as suas inúmeras realizações "caviarescas" e a Grande Loja beneficia das mais -valias retiradas do aluguer do castelo.
O Grão-Mestre da ordem, Ludge Heros, despojado recentemente da Távola Redonda, faria a ponte entre os magos do reino e os feitiços do povo, das brumas nevoeirentas romperiam os projectos âncora para a expansão do "Europark Arena", trazendo com esta iniciativa muito emprego e muita riqueza para o reino.
Finalmente, do alto da abadia da Piedade, o filosofal Anti Heros, que transforma em verde por fora e vermelho por dentro tudo o que toca, vai resignando, impávido e sereno, à vontade popular.
Como todos são quase capazes de reconhecer (especialmente os próprios) este evento é de primaz importância para as mais altas patentes políticas cá do burgo.
Houve inclusive, fidalgos e nobres infiéis que passaram algum tempo a estagiar para este majestoso evento. É importante não fazer má figura, principalmente no ano que precede a eleição das cortes.
A "lenda do milagre das rosas", facto histórico predominante nesta edição da Viagem Medieval, tem sido habilmente aproveitado pelos "infiéis", para tentar captar apoios para as suas nobres(???) causas.
Há quem se lamente deste oportunismo histórico, no entanto, é inquestionável que o corolário desta empreitada será o sacrifício do "azeite" aos deuses pagãos, não faltarão por certo, entre os correlegionários desta seita, quem se prontifique para realizar as exéquias fúnebres de tão macabro sacrifício.
Quanto à realeza, tal como sempre, este é o evento que faz as delícias porcinantes do povo, trajados a rigor lá vão acenando aos seus súbditos contemplando a sua orgulhosa veneração.
Nos decrépitos cofres reais, sempre existe um fundo falso, para fazer face às indigências do povo.
É uma questão de estabelecer prioridades :
Se o povo não tem latrinas, o povo não se importa.
Se o povo não tem "carne de porco para comer", bem aí a conversa já é outra...portanto o investimento real é justificado e assenta principalmente, na rede de promiscuidades existentes entre as cortes e a fidalgaria.
Outra extraordinária realização dos reinantes, é disponibilizar carroças para os plebeus de fora do reino, deixando os seus súbditos despojados de qualquer transporte dignificante que não sejam os andarilhos. Os pobres da periferia do burgo estão demasiado "leprosos" para se puderem juntar ao festim, além disso não carregam consigo aquilo que é mais importante - "uns dinheiros"!
O Castelo, ex-libris e fortaleza do burgo, que já não é pertença do rei, muito menos do reino, foi concessionado à "Grande Loja da Comissão de Vigilância", que bom proveito tem tirado desta espécie de parceria entre o reino e a Ordem Militar dos Cavaleiros Templários (entidade privada).
O esquema é simples:
A Grande Loja da Comissão de Vigilância, faz a manutenção do Castelo, através de subsídios do IPPAR e depois faz o arrendamento ao reino, em troca de avultados "dinheiros".
Não se pense que aqui existe algum breu, coisa típica da idade das trevas, tudo normal...
É o comensalismo elevado à sua exponenciação máxima!
O reino beneficia do espaço para as suas inúmeras realizações "caviarescas" e a Grande Loja beneficia das mais -valias retiradas do aluguer do castelo.
O Grão-Mestre da ordem, Ludge Heros, despojado recentemente da Távola Redonda, faria a ponte entre os magos do reino e os feitiços do povo, das brumas nevoeirentas romperiam os projectos âncora para a expansão do "Europark Arena", trazendo com esta iniciativa muito emprego e muita riqueza para o reino.
Finalmente, do alto da abadia da Piedade, o filosofal Anti Heros, que transforma em verde por fora e vermelho por dentro tudo o que toca, vai resignando, impávido e sereno, à vontade popular.
Outros figurantes políticos, que têm andado mais ou menos discretos, também procuram tirar partido da coisa medieval, o problema é que dizer mal do cenário que os reinantes montaram para o povo, é o mesmo que cavar a própria sepultura, o povo vai vegetando enquanto se deliciar com as plumas porcinas.
Portanto, a estratégia é ir utilizando a técnica guerreira do quadrado e esperar que o peixe caia todo nas malhas das lixeiras, até que não é mal pensado! - o lixo é imagem de marca de tudo o que é medieval.
Portanto, a estratégia é ir utilizando a técnica guerreira do quadrado e esperar que o peixe caia todo nas malhas das lixeiras, até que não é mal pensado! - o lixo é imagem de marca de tudo o que é medieval.
PUBLICAÇÃO : O GADANHA
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