Pequim 2008 - Balanço Final

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

ENCERRAMENTO DOS JOGOS OLÍMPICOS PEQUIM 2008


Foi com uma cerimónia espectacular que os Chineses encerraram a edição 29 das olimpíadas da era moderna.

Os chineses não se pouparam nos gastos nem na pujança com que quiseram brindar o mundo.

Apesar de pouco ou nada ter mudado relativamente à repressão das liberdades e ao desrespeito pelos direitos humanos, a verdade é que a China se empenhou fortemente em fazer passar uma imagem grandiosa de afirmação e de modernidade do país.

Relativamente à participação desportiva, estes jogos entrarão para a história recente das olimpíadas, 37 foram os recordes do mundo que foram superados, com incidência mais relevante na natação.

O Americano Michael Phelps e o Jamaicano Usain Bolt foram figura de proa.

Por cá, Nelson Évora voou para o triplo salto e arrecadou a única medalha de ouro para Portugal.

Vanessa Fernandes foi também destaque pela positiva no triatlo, onde conseguiu a medalha de prata.

Seria injusto não realçar algumas boas marcas de atletas na natação, no remo, na vela e na marcha.

Tudo o resto, por muito que custe a alguns ressacados das indigestões verborreicas, foi uma grande desilusão e mediocridade, com Naíde Gomes à cabeça, que era apontada como grande favorita à medalha de ouro no salto em comprimento e não chegou sequer às finais da competição.

Mas, as prestações medíocres não se ficaram pelos atletas em regime de exclusividade, o "comandante" da nau olímpica Vicente Moura, foi um exemplo degradante de coerência e de responsabilidade, com o sentido do seu discurso a balançar ao sabor dos resultados dos atletas.

Também não foram muito positivas, leia-se lamentáveis, as intervenções de alguns presidentes federativos, que preferiram serem eles a estar junto dos atletas em detrimento dos respectivos treinadores.

O secretário de estado do desporto passou muito discreto, preferindo não se intrometer em assuntos que o ultrapassam, além disso seria uma chatice ver a sua estadia turística em Pequim perturbada pelos caprichos de Vicente Moura.

Quando o chefe da comitiva Portuguesa afirma que o balanço é positivo, e que 40% dos atletas atingiram os seus objectivos. Quando se colocam 4 medalhas como objectivo mínimo e só se conquistam 2 e quando se perspectivam 60 pontos e só se obtêm 28, fica-se com a impressão que a matemática deixou de ser uma ciência exacta e passou a ser uma ciência relativa.

Era bom que os erros cometidos em Pequim 2008, servissem de pedagogia para Londres 2012.

Não podemos conceber que mesmo ao nível desportivo e de participação olímpica, o 60º lugar no Ranking é fraco, já que Portugal se encontra abaixo de muitos países do terceiro mundo e na cauda dos países europeus.


PUBLICAÇÃO : O COMENDADOR

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  © Feira das Conspirações! - Santa Maria da Feira - Portugal - Maio/2008

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