Jogos Olímpicos - fraca prestação Portuguesa

sábado, 16 de agosto de 2008




A participação dos atletas Portugueses nos jogos olímpicos de Pequim tem sido bastante discreta e muito fraca em resultados.

Salvo algumas excepções nas provas de natação onde foram conseguidos alguns recordes nacionais, uma parte significativa dos atletas ficou bem abaixo dos resultados que lhes permitiram atingir as olimpíadas.

Os judocas alimentaram grandes expectativas com as credenciais que apresentavam e foram um autêntico fiasco, principalmente a participação de João Neto e Telma Monteiro.


Num país de marinheiros, as expectativas são sempre enormes na vela, os resultados também não são de grande monta, pese embora, ainda faltem disputar algumas regatas, a possibilidade de obtenção de algum resultado honroso resume-se Gustavo Lima na classe laser, Álvaro Marinho e Miguel Nunes na classe 470 e a Afonso Domingos e Bernardo Santos que têm dado muito boa conta de si na classe Star.

Destaque positivo também para o Remo com a dupla Portuguesa, Nuno Mendes e Pedro Fraga a conseguirem o 2º lugar na final B da classe "double sculls", obtendo o 8º lugar entre todos os participantes.

Curiosamente, estes remadores acusaram a federação Portuguesa de Remo de lhes ter negado qualquer tipo de apoio, para esta participação em Pequim.

Mais esclarecedora, é a resposta do presidente da federação de Remo e um exemplo de princípio que deve ser promovido e seguido na atribuição de subsídios a desportistas de alta competição:

“As bolsas estão contemporizadas. Os atletas devem é ter objectivos, pois não podemos premiar pessoas que não têm bons resultados. É como na profissão, só subimos de categoria se provarmos que somos melhores do que os outros."

No trampolim mais uma "desgraça" com resultados medíocres.

No atletismo, começou da pior maneira a nossa participação, obikwelu ainda prometeu o Ouro, mas não passou das meias finais dos 100m e já anunciou a seu abandono à competição ao mais alto nível, não indo sequer disputar as eliminatórias dos 200m.

O hilariante lançador do peso que representou Portugal, Marco Fortes, teve uma justificação ridícula para a sua alegremente triste participação, a juventude não serve de atenuante a tamanha irresponsabilidade, e passo a citar:

"De manhã só é bom é na caminha, pelo menos comigo" - pois com um resultado daqueles era caso para perguntar porque te levantaste? que tipo de preparação e organização tem um atleta, que não consegue competir de manhã, porque se calhar não dormiu de noite, velhos hábitos bem à portuguesa, mas que não se coadunam com a competição ao mais alto nível.

Ó Marquinho se querias dormir nem tinhas saído de Lisboa, foste passar férias ou foste dormir? - competir nas olimpíadas é que parece que não foste, ou então alguém te deu a passagem aérea errada!

O resultado é o que se conhece, em três ensaios, dois sairam nulos e o que saiu válido ficou a mais de 2 metros do seu melhor resultado pessoal, que se quedou nas eliminatórias no 38º entre 40, enfim uma vergonha! Espero que a federação repense a participação deste atleta em futuras provas, ou então convença os organizadores dos grandes eventos a realizarem as provas de tarde, ou à noite ou de madrugada, não percebi muito bem a que horas o Marco se sente melhor para lançar o peso.

Jessica Augusto foi mais um exemplo de uma participação pouco digna, não conseguiu o apuramento para os 3000 metros obstáculos e justificou a sua desistência da prova dos 5000 metros desta forma :

"Agora vou de férias. Treinei para os 3000 obstáculos. Não vou aos 5000 metros. As africanas são fortes. Não vale a pena lutar contra elas. Elas correm para 14m11s e eu para 15m22s. Por isso..." por isso, acrescento eu, mais valia nem teres lá ido.

Outro exemplo:

Sara Moreira, que também não se conseguiu apurar nas eliminatórias dos 3000 metros obstáculos, no final da prova revelou esta extraordinária predisposição para os jogos olímpicos:

"estar aqui presente neste magnifíco estádio é uma emoção muito forte e um sonho, senti-me como se fosse um espectador e não uma atleta." - pois , só faltou abandonares a pista e ires sentar-te na bancada, acrescento eu.

Era bom que estes atletas interiorizassem que estar nos jogos Olimpícos não é uma vaidade pessoal, mas sim uma responsabilidade e uma honra perante quem investe em atletas de alta competição.

As federações e o Comité Olímpico Português têm aqui muito trabalho pela frente na preparação e revisão de critérios de presença nas próximas olimpíadas.

De que serve termos presente a maior delegação de sempre, se depois os atletas não revelam possuir estrutura mental, que lhes permita abordar a competição ao mais alto nível.

A preparação dos jogos olímpicos de Pequim, custou imenso dinheiro ao país, o minimo que se pode exigir dos atletas é que sejam dignos de o representar.

Esperemos que até ao final dos jogos, a bandeira e a "Portuguesa" ainda se façam levantar e ouvir em Pequim, mas se tal não for condizente com as prestações dos atletas, pelo menos que saibam ser dignos perante, quem neles (de forma injustificável- digo eu) tem depositado grandes expectativas.

Por fim, uma nota para a grande figura destes jogos, Michael Phelps que já conquistou 7 das 8 medalhas que se propôs alcançar neste evento.

Michael Phelps não tem limitado a sua participação, à conquista de "medalhas de ouro", Phelps vai também pulverizando os recordes do mundo nas provas onde tem competido e ganho.

Este é um extraordinário exemplo de competitividade e força mental. Curiosamente Michael Phelps sozinho, conseguiria o 4º lugar no ranking de medalhas de ouro entre todos os países participantes.



Numa das provas mais esperadas, a final dos 100 metros, o fabuloso Usain Bolt da Jamaica venceu o ouro e estabeleceu um novo recorde do mundo com perturbadora facilidade, 9,69 segundos, uma marca digna de "outro mundo".


PUBLICAÇÃO : O GADANHA

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