Profunda Hipocrisia
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Ontem, dia 7 de Junho, assistimos a um espectáculo degradante na TV nacional. Enquanto alguns estavam trombudos, outros, que é como quem diz “Todos menos um”, faziam festa e cantavam vitória. Vitória??
Como é que se pode cantar vitória quando a abstenção cifrou-se nos 62,8%? Como é possível cantar vitória, quando temos um resultado marginalmente superior ao da derrota das últimas legislativas? Será difícil perceber que foi o PS que perdeu e não o PSD que ganhou? E a governação futura do país, será motivo de sorriso para alguém? Esta lógica do poder a todo o custo, seja com mais ou menos custo para o país, já me enoja.
Fiquei muito desiludido com a actuação dos Portugueses nas eleições de ontem. Não pelo sentido de voto, mas pela sua imobilização. O descontentamento não se pode materializar em não votar. Alias, aqueles que o fazem, estão a aumentar artificialmente o poder do voto dos outros que vão às urnas.
Repare-se no ridículo da situação: a abstenção de 62,8% dá-nos a indicação que apenas que 37,2% dos eleitores votaram, isto é, cada cidadão que votou, fê-lo aproximadamente por 3 pessoas. Perante isto, aqueles que não votaram, pensando que fizeram alguma coisa, delegaram o seu futuro nas mãos de todos os outros. Não votando, não criticaram o sistema, não mostraram responsabilidade, não deram cartão vermelho a ninguém, apenas demonstraram a sua irresponsabilidade e falta de respeito por aqueles que lutaram para que, agora, pudessem votar; mais ainda, deram poder a uma minoria para decidir pela maioria.
O nosso orgulho e incompetência leva-nos a sacudir a “água do capote” criticando os políticos por tudo e mais alguma coisa que se passe na sociedade. A culpa não é só deles, porque os políticos são o espelho da sociedade em que vivem, logo se eles são ladrões e corruptos é porque nós também somos, se eles não sabem tomar as rédeas do país é porque nós não sabemos tomar as rédeas no nosso próprio destino. O que os portugueses querem e merecem é um ditador que os subjugue, que os censure, que lhes retire todos os direitos sociais e que tenha uma atitude paternalista. Assim já nos sentiremos mais confortáveis.
Querem que eu vos diga quem foi o grande vencedor das eleições de ontem? Foi o Bloco de Esquerda que se tornou, pela primeira vez, a 3ª força política e promete fazer estragos a seu favor nos futuros governos.
Temo pelo futuro deste país, porque Sócrates e Ferreira Leite afirmaram que Bloco Central, nunca. Francisco Louça avisou que nunca coligará com o PS. E o PS não morre de amores pelo Partido Comunista. Com o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista com 1/5 dos votos e PS e PSD com pouco mais de 50% dos votos, o país caminha a paços largos para a convulsão.
Com uma dívida pública a galopar, literalmente, com o deficit público atingir 6% do PIB e com a fragmentação dos votos, aquele que herdar o poder em Outubro arrisca-se a não ficar por lá muito tempo.
O que se passou ontem, não foi um aviso ao governo. Foi um aviso aos eleitores…
Como é que se pode cantar vitória quando a abstenção cifrou-se nos 62,8%? Como é possível cantar vitória, quando temos um resultado marginalmente superior ao da derrota das últimas legislativas? Será difícil perceber que foi o PS que perdeu e não o PSD que ganhou? E a governação futura do país, será motivo de sorriso para alguém? Esta lógica do poder a todo o custo, seja com mais ou menos custo para o país, já me enoja.
Fiquei muito desiludido com a actuação dos Portugueses nas eleições de ontem. Não pelo sentido de voto, mas pela sua imobilização. O descontentamento não se pode materializar em não votar. Alias, aqueles que o fazem, estão a aumentar artificialmente o poder do voto dos outros que vão às urnas.
Repare-se no ridículo da situação: a abstenção de 62,8% dá-nos a indicação que apenas que 37,2% dos eleitores votaram, isto é, cada cidadão que votou, fê-lo aproximadamente por 3 pessoas. Perante isto, aqueles que não votaram, pensando que fizeram alguma coisa, delegaram o seu futuro nas mãos de todos os outros. Não votando, não criticaram o sistema, não mostraram responsabilidade, não deram cartão vermelho a ninguém, apenas demonstraram a sua irresponsabilidade e falta de respeito por aqueles que lutaram para que, agora, pudessem votar; mais ainda, deram poder a uma minoria para decidir pela maioria.
O nosso orgulho e incompetência leva-nos a sacudir a “água do capote” criticando os políticos por tudo e mais alguma coisa que se passe na sociedade. A culpa não é só deles, porque os políticos são o espelho da sociedade em que vivem, logo se eles são ladrões e corruptos é porque nós também somos, se eles não sabem tomar as rédeas do país é porque nós não sabemos tomar as rédeas no nosso próprio destino. O que os portugueses querem e merecem é um ditador que os subjugue, que os censure, que lhes retire todos os direitos sociais e que tenha uma atitude paternalista. Assim já nos sentiremos mais confortáveis.
Querem que eu vos diga quem foi o grande vencedor das eleições de ontem? Foi o Bloco de Esquerda que se tornou, pela primeira vez, a 3ª força política e promete fazer estragos a seu favor nos futuros governos.
Temo pelo futuro deste país, porque Sócrates e Ferreira Leite afirmaram que Bloco Central, nunca. Francisco Louça avisou que nunca coligará com o PS. E o PS não morre de amores pelo Partido Comunista. Com o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista com 1/5 dos votos e PS e PSD com pouco mais de 50% dos votos, o país caminha a paços largos para a convulsão.
Com uma dívida pública a galopar, literalmente, com o deficit público atingir 6% do PIB e com a fragmentação dos votos, aquele que herdar o poder em Outubro arrisca-se a não ficar por lá muito tempo.
O que se passou ontem, não foi um aviso ao governo. Foi um aviso aos eleitores…
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