OMS declara pandemia do vírus da Gripe A H1N1

O comité de emergência da Organização Mundial de Saúde (OMS) actualizou nesta quinta-feira, em Genebra, o alerta de propagação do vírus da Gripe A H1N1 para o nível mais elevado de uma escala de seis. A decisão, que corresponde à primeira declaração de pandemia de gripe no novo milénio ocorre 40 anos depois de decretada a última pandemia. Esta medida foi adoptada depois de um aumento súbito de casos de pessoas infectadas na Ásia e na Austrália.

Apesar do alerta de pandemia, isto não significa que o vírus da gripe A H1N1 se tenha tornado substancialmente mais perigoso ou severo, o que acontece é que o risco de propagação da infecção à escala global está agora no seu nível máximo. Estatisticamente pode concluir-se que quanto mais pessoas forem infectadas maior será o número de mortes provocadas pela doença, mas nada de alarmes que o Tamiflu e o Relenza parece que conseguem estancar os piores efeitos da infecção, o problema é que as regiões mais pobres do globo dificilmente terão acesso a estes medicamentos.
A declaração de pandemia acarreta um conjunto de recomendações para todos os países-membros da OMS.

O objectivo é "reduzir o impacto" de uma propagação que já não pode ser contida.

Ao abrigo da fase seis, os Estados são livres de aplicar as medidas de excepção de acordo com a sua própria avaliação. No limite, podem declarar o "estado de emergência". Por enquanto estão descartadas quaisquer restrições a movimentos de pessoas, bens e serviços.

Todos os países ficam obrigados a informar a OMS sobre a evolução geográfica da pandemia, assim como alertar para eventuais mutações ou sinais de resistência aos fármacos recomendados para o tratamento do vírus: o Tamiflu, produzido pela Roche, e o Relenza, desenvolvido pela GlaxoSmithKline.

As medidas de isolamento preconizadas pela OMS passam pelo eventual encerramento de escolas e por uma reorganização dos horários de trabalho, de forma a evitar grandes concentrações de pessoas.

PUBLICAÇÃO: O COMENDADOR