A fábula do Mestre, do Pastor e do Iluminado

quinta-feira, 26 de junho de 2008





Era uma vez um aspirante a comensal que um dia resolveu formar um rebanho, para tal teria que se auto-intitular o Grande Mestre e escolher entre os seus discípulos o Pastor e o Iluminado e claro está! as ovelhinhas amestradas.


A tarefa não se adivinhou muito simples, depois de algumas tentativas lá acertou no Pastor.

O Pastor é o grande ideólogo, profeta dos tempos modernos, visão clarividente, mas muito afastado do apascento do seu rebanho.
A escolha do Iluminado, ou seja do segura-velas, só foi conseguida recorrendo ao clássico método de tentativa e erro, é neste personagem que recai a tarefa de limpar os dejectos do rebanho, por isso ele é fundamental.

O Iluminado é a mais fiel das ovelhas, o vigia, o bufo, o único que tem o privilégio de limpar o rabo ao seu mestre e ainda assim se mostrar radiante com a oferenda.

O Iluminado, aprendiz de estratega, devoto confesso da destilação da cevada, é o mais sobranceiro do rebanho, arrogante quanto baste, desleal para com as outras ovelhas, tem feito uma ascensão notável na hierarquia do curral.

Quanto ao resto do rebanho... como sempre existe uma ovelha negra, a ranhosa, que quando não se deixa tentar pela higienização mental, essencial para a estabilidade do rebanho, provoca o histerismo das cúpulas.

O pior é que esta trupe de ovelhas ainda não percebeu para que pasto são levados.

A cultura do Povo é uma óptima conselheira, " quanto mais se sobe maior será o tombo " [...] e " tanto pior será o rebanho quanto o curral estiver mal arrumado! "

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  © Feira das Conspirações! - Santa Maria da Feira - Portugal - Maio/2008

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