Missão Ulisses chega ao fim
quarta-feira, 1 de julho de 2009
A sonda, foi lançada para o espaço a 06 de Outubro de 1990 a partir do vaivém Discovery, numa missão conjunta entre a ESA (Agência Espacial Europeia) e a NASA (Agência Espacial Norte-Americana). O aparelho usou a força de gravidade de Júpiter como trampolim e explorou pela primeira vez as regiões sobre os pólos solares.
Agora, com quase 19 anos de missão é a sonda espacial mais antiga nas operações da Agência Espacial Europeia.
Ontem, um ano depois da data programada originalmente para o fim da missão, às 12:20 em Lisboa, os controlos da Ulisses orientaram a sonda até à Terra.
Isto permitiu uma maior capacidade de descarga de mensagens até à Estação de rastreio em Madrid, a última que terá contacto com a sonda antes de esta ser desligada.
Entre os numerosos avanços científicos obtidos com a ajuda de Ulisses, a missão mostrou que o campo magnético do Sol se expande até ao sistema planetário de uma forma mais complexa do que se acreditava anteriormente.
As partículas expelidas pelo Sol desde latitudes baixas podem subir a latitudes altas e vice-versa, e inclusive chegam aos planetas.
Isto significa que as regiões do Sol que antes não se consideravam como possíveis fontes de partículas perigosas para os astronautas e os satélites, agora devem ser tidas em conta e há que vigiá-las cuidadosamente.
Logo que o vai-vem Discovery" levou a sonda para uma órbita baixa da Terra, uma combinação de foguetões orientou a Ulisses até Júpiter. A sonda aproximou-se do planeta maior do sistema solar a 08 de Fevereiro de 1992 e a gravidade de Júpiter serviu de trampolim para colocá-la numa órbita elíptica do Sol.
Há um ano, a fonte de energia da Ulisses enfraquecera a ponto de os técnicos admitirem que as baixas temperaturas congelariam os tubos de combustível e que o aparelho ficaria fora de controlo.
Isto não ocorreu e os peritos notaram que podiam manter o combustível fluido e em circulação se efectuassem uma breve ignição dos motores de propulsão a cada duas horas.
Todavia, à medida que Ulisses se afastou da Terra deterioraram-se as comunicações e a NASA e a agência europeia decidiram que não se justifica o custo de manter o aparelho em operação.
Depois de serem cortadas as comunicações, a Ulisses continuará a orbitar o Sol numa grande elipse convertendo-se, de facto, num cometa artificial.
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