Berlusconi in problemi
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Aos poucos começo acreditar que existe um problema com os latinos. Espanha, Itália e Portugal foram países marcados pelas ditaduras, tradicionalmente mais atrasados económica, social e culturalmente do que os congéneres europeus e, apesar da recuperação destes países nas últimas décadas, assim que existe um abanão, rapidamente ficam entre a “espada e a parede” com elevadíssimas taxas de desemprego, défictis públicos colossais, dívidas públicas exageradas e ascensão dos extremismos partidários.
Quando alargo o horizonte do meu pensamento, recordo-me da América Latina e de como este continente não constitui, na generalidade, um bom exemplo de desenvolvimento; lembre-se Pinochet, Péron, Getúlio Vargas, Fidel Castro, Hugo Chavez, Evo Morales, Fujimori, etc.
Neste momento julgo que a história será justa e incluirá Sílvio Berlusconi numa ampla lista de dirigentes corruptos e opressores, ainda que esta última característica surja de uma forma subtil.
Aquele que é, apenas, o homem mais rico de Itália e vigésimo mais rico do mundo, perdeu a imunidade, não contra as doenças, mas contra a justiça. Uma vergonhosa lei, anticonstitucional, que também existe em Portugal, protegia o 1º ministro italiano de ser condenado por crimes que cometesse. Quer isto dizer que, se matasse, violasse ou corrompesse, não podia ser indiciado de homicídio, violação ou corrupção.
Porquê que um alto magistrado de um país pode beneficiar da velha máxima, aqui hiperbolizada, de “na dúvida pró réu”? Porque razão deve o princípio da “Igualdade perante a lei” de todos os cidadãos, ser acossada? Já ouvi várias explicações, nomeadamente, que um chefe de governo ou de estado necessita de estabilidade e confiança do eleitorado para governar, sob pena de todas as medidas legislativas não surtirem efeito.
Sem dúvida que a estabilidade governativa é fundamental, mas qualquer indivíduo deve ser investigado, sempre que sobre ele recaiam suspeitas muito graves. E as suspeitas que incidem sobre Sílvio Berlusconi são graves: entrega de 600 mil dólares a um ex-advogado inglês para testemunhar a seu favor em tribunal (este já condenado em Inglaterra), subornos a senadores para se juntarem à sua coligação, compra inflacionada de direitos televisivos a empresas sedeadas em off-shores (fraude fiscal), entre outras.
Para bem da Itália seria importante que Sílvio Berlusconi não se preocupasse em desembolsar mais alguns milhões de dólares, pois esta assunção que o dinheiro compra tudo e todos, cria um clima de impunidade e laxismo nas sociedades…alias, muito comum nos países latinos.
Não sei o que seria mais vantajoso; a estabilidade governativa ou a demonstração do funcionamento da justiça, mesmo para os mais poderosos.
Quando alargo o horizonte do meu pensamento, recordo-me da América Latina e de como este continente não constitui, na generalidade, um bom exemplo de desenvolvimento; lembre-se Pinochet, Péron, Getúlio Vargas, Fidel Castro, Hugo Chavez, Evo Morales, Fujimori, etc.
Neste momento julgo que a história será justa e incluirá Sílvio Berlusconi numa ampla lista de dirigentes corruptos e opressores, ainda que esta última característica surja de uma forma subtil.
Aquele que é, apenas, o homem mais rico de Itália e vigésimo mais rico do mundo, perdeu a imunidade, não contra as doenças, mas contra a justiça. Uma vergonhosa lei, anticonstitucional, que também existe em Portugal, protegia o 1º ministro italiano de ser condenado por crimes que cometesse. Quer isto dizer que, se matasse, violasse ou corrompesse, não podia ser indiciado de homicídio, violação ou corrupção.
Porquê que um alto magistrado de um país pode beneficiar da velha máxima, aqui hiperbolizada, de “na dúvida pró réu”? Porque razão deve o princípio da “Igualdade perante a lei” de todos os cidadãos, ser acossada? Já ouvi várias explicações, nomeadamente, que um chefe de governo ou de estado necessita de estabilidade e confiança do eleitorado para governar, sob pena de todas as medidas legislativas não surtirem efeito.
Sem dúvida que a estabilidade governativa é fundamental, mas qualquer indivíduo deve ser investigado, sempre que sobre ele recaiam suspeitas muito graves. E as suspeitas que incidem sobre Sílvio Berlusconi são graves: entrega de 600 mil dólares a um ex-advogado inglês para testemunhar a seu favor em tribunal (este já condenado em Inglaterra), subornos a senadores para se juntarem à sua coligação, compra inflacionada de direitos televisivos a empresas sedeadas em off-shores (fraude fiscal), entre outras.
Para bem da Itália seria importante que Sílvio Berlusconi não se preocupasse em desembolsar mais alguns milhões de dólares, pois esta assunção que o dinheiro compra tudo e todos, cria um clima de impunidade e laxismo nas sociedades…alias, muito comum nos países latinos.
Não sei o que seria mais vantajoso; a estabilidade governativa ou a demonstração do funcionamento da justiça, mesmo para os mais poderosos.
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