Belezas do Rio Ceira

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Nestes primeiros dias pós-férias de verão, onde a melancolia nos invade as entranhas e a nostalgia nos aflora as memórias, o feira das comendas partilha neste espaço, as recordações de uma aventura no rio Ceira ...


RIO CEIRA

Talvez um dos mais belos rios de Portugal, nasce na Serra do Açor , entre o Piodão e o Sobral a 1340 metros de altitude,ao longo do seu curso serpenteia pela margem esquerda do Mondego, passando por Góis, V.N. Ceira e Serpins, depois de percorrer uma extensão de 65 Km, abraça o Mondego às portas de Coimbra, em Santo António dos Olivais.

As suas águas límpidas e cristalinas são razão de força para as inúmeras praias fluviais e locais de lazer que se estendem pelas suas margens.

O Ceira é também um santuário em vida selvagem, os muitos açudes que lhe barram o leito são locais de excelência para a vida em meio aquático: peixes, garças-reais e lontras são os exemplos mais emblemáticos desta riqueza. Existem inclusive, algumas áreas de reserva piscícola destinadas a preservação de salmonídeos.

A vegetação luxuriante ao longo das suas margens é outra das características deste rio:
frondosos ulmeiros, choupos, salgueiros e árvores típicas das zonas ribeirinhas, que projectam as suas sombras nas águas, pintando uma magnifica tela em matizes cinza-esverdeados.

Sendo um rio com uma pequena extensão, as suas águas precipitam-se muito rapidamente desde a alta montanha, esventrando o seu curso na rocha granítica, entre quedas e cascatas, forma algumas gargantas impressionantes, como na zona da Senhora da Candosa (Cabril).



Pelas suas características únicas o rio Ceira é muito procurado pelos amantes da canoagem e dos desportos de aventura sobre as águas.

No seu troço mais suave, depois de passar por Serpins, o rio permite também excelentes locais de pesca desportiva.

Apesar da sua bacia hidrográfica não ser muito grande, é um rio com um caudal muito instável, podendo tornar-se medonho com muita rapidez, basta que haja uma valente chuvada a montante, por esta razão pode ser um rio muito traiçoeiro, não sendo recomendável a sua exploração em períodos de chuva persistente, nas estações do Outono e do Inverno.

Para os amantes das caminhadas e das aventuras à beira rio:
Nunca devem fazê-lo sozinhos e de preferência devem fazer-se acompanhar de alguém que tenha experiência e conheça bem o caminho.



Na zona de Serpins existem dois percursos:

Um para jusante até ao refrescante açude de Boque, sempre pela margem do rio, em alguns pontos, o rio é mesmo cruzado a pé. - cerca de 2Km, partindo da praia fluvial da N.S.Graça.

Este percurso é magnífico com tempo quente, a frondosa vegetação das margens, juntamente com as águas frescas do rio concedem uma sensação de frescura únicas. Perto do açude do Boque, é possível contemplar a majestosa e altaneira ponte metálica que cruza rio e serve de suporte aos comboios da linha da Lousã.

Já no açude é possível apreciar uma velha ponte metálica, que ainda serve o trânsito local.
O açude de Boque, é magnifico para um destemido mergulho na frescura da água.



Um outro percurso é feito para montante até à garganta de Cabril, também chamado de Epigenia da Sra. da Candosa do Ceira, onde se ergue um pequeno desfiladeiro escavado pelas águas, com uma vista de deter a respiração e uma panorâmica assombrosa sobre o vale. - Cerca de 4Km.


PUBLICAÇÃO : O COMENDADOR

0 comentários:

eXTReMe Tracker

  © Feira das Conspirações! - Santa Maria da Feira - Portugal - Maio/2008

Voltar ao Início