Islândia - Um aviso para o mundo

quinta-feira, 20 de agosto de 2009



Não deixa de ser caricato reler o que afirmavam os grandes organismos internacionais sobre o “case-study” Islândia em termos de desenvolvimento económico e social, à 2 anos atrás e ler o que dizem agora. Evidentemente que agora é muito fácil tirar as conclusões que bem entendermos, porventura algo salta à vista: a pujança económica islandesa assentava sobre alicerces muito frágeis.
Uma economia assente nos serviços, sobretudo, financeiros corre o risco de ver a sua riqueza “evaporar-se”, daí que denominemos a “outra” economia de real. Tal como Américo Amorim e Belmiro de Azevedo perderam potencialmente milhões de euros em acções, também um país pode perder milhões através do pagamento acrescido de juros, falência de bancos (e consequente nacionalização) e desvalorização monetária. Na Islândia estes factos tornaram-se mais problemáticos, visto que a economia estava dependente daqueles serviços em quase 90%, o que mais uma vez demonstra que a Islândia não seguiu uma boa prática de política estratégica (concentração da rentabilidade de um país num pequeno número de sectores).
Hoje, dia 20 de Setembro de 2009, a Islândia arrisca-se a tornar um dos países mais pobres do mundo, obrigando grande parte nos Islandeses a abandonar o país ou submeterem-se à miséria. Digo hoje, porque o governo Islandês pretende nacionalizar um banco privado (de fundos Ingleses e Holandeses) dada a situação insustentável que enfrenta. Segundo os meios de comunicação social, a dívida do banco atribuirá a cada islandês uma dívida de 13 mil euros.
Sinceramente não entendo esta decisão, porque se a maioria dos bancos islandeses já foi nacionalizada, como poderá o sistema financeiro islandês entrar em colapso com a falência deste banco? Seria como o BES, BPI e Banco Popular estivessem nacionalizados e a simples falência do Santander Totta implicasse a falência de todo o sistema.
O mais ridículo de tudo isto é que aquele banco captou muitos depósitos (na Islândia) a cidadãos Ingleses e Holandeses, graças a altas taxas de juro que praticava, e agora, os governos daqueles países exigem a devida indemnização ao governo islandês pela nacionalização. A isto é que se chama matar dois coelhos com um só tiro…
Como um mal nunca vem só, a oposição ameaça fazer cair o governo islandês, colocando em risco os acordos efectuados com o FMI, fundamentais para o país se manter à tona.
Aí está um aviso para aqueles que vivem artificialmente!

1 comentários:

Anónimo disse...

olá isto esta muito bem estudado

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