Linha do Vouga - Insegurança nas passagens de nível
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Insegurança na Linha do Vouga
Hoje ocorreu mais um acidente numa passagem de nível sem guarda, da linha do Vale do Vouga.
Ainda há dias, um alto representante da REFER anunciava (mais uma vez) um investimento de 10 milhões de euros, que irá servir para reclassificar as passagens de nível.
O que este senhor veio dizer não é nada de novo, já em Janeiro a REFER tinha anunciado isto mesmo, era isso sim, expectável que se viesse esclarecer publicamente, porque razão a REFER e a Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, ainda não têm um acordo firmado para a repartição de encargos, relativamente aos acessos alternativos às passagens de nível que vierem a ser alvo de supressão.
É intenção da REFER suprimir dezenas de passagens de nível sem guarda no concelho, o que até se compreende, se tivermos em linha de conta o reduzido tráfego rodoviário que cruzam algumas destas passagens diariamente. Todas as outras passagens de nível serão automatizadas.
Só no concelho da Feira serão gastos cerca de 5 milhões de euros, com a Câmara municipal a ser chamada a colaborar com 2,5 milhões, ora é aqui que reside o busílis, como aliás, já reconheceu o próprio presidente da câmara.
Tem sido indecorosamente lamentável a atitude da Câmara Municipal, na pessoa do seu presidente, face às questões de segurança na via férrea, tanto mais, que os acidentes mais brutais se têm dado no concelho (ainda em Março, uma jovem faleceu em Paços de Brandão) . Já por mais que uma vez os seus homólogos de São João da Madeira, de Oliveira de Azeméis, de Albergaria-A-Velha e até de Águeda, manifestaram a sua preocupação pelo problema colocando~se inequivocamente ao lado das suas populações, enquanto na Feira, zero! rien! niente! nada... silêncio total e ensurdecedor!
Já por mais que uma vez se lançaram alertas para esta situação, mas parece que estão todos em suspenso, à espera que uma grande tragédia aconteça.
Já toda a gente percebeu que só uma acção concertada das autarquias envolvidas, poderá acelerar todo este processo de requalificação das condições de segurança, da linha do Vouga.
Infelizmente a Câmara da Feira continua a pôr-se à margem da segurança dos seus cidadãos, é preferível acenar com a utopia da extensão da linha do metro de superfície do Porto até Santa Maria da Feira. O presidente Alfredo Henriques pura e simplesmente tem desprezo pela linha do Vouga e por conseguinte, despreza todos os cidadãos feirenses que dependem deste meio de transporte.
Ainda que o metro do Porto venha um dia a chegar a Santa Maria da Feira (tal como a exponor), tal não é incompatível com a linha do Vale do Vouga, podendo inclusive serem complementares uma e outra.
Isto é também uma questão politica, senão vejamos:
Em 2001, o então candidato pelo PS a presidente da câmara Costa Amorim, preconizava no seu manifesto eleitoral, um programa de requalificação e modernização da linha do vouga, naturalmente que na requalificação da linha, estariam também presentes as questões da insegurança nas passagens de nível.
Quiz o destino que este senhor, um dia viesse a ser deputado na assembleia da república.
O que se pergunta ao senhor Costa Amorim, é se ainda se lembra do manifesto eleitoral de 2001?
O seu programa era demagogia eleitoral, ou o senhor advogado era mesmo sensível aos problemas da linha do Vouga?
Pois então se era sensível, deixou de o ser, porque há três anos que está na assembleia da república e nunca fez a ponta de um corno pela revitalização da linha do Vouga, talvez tenha orientado a sua sensibilidade para o selo de cortiça, que é de extrema importância para a segurança dos cidadãos do seu concelho.
Apresentar propostas eleitorais é muito bonito e fica bem, mas no caso deste deputado feirense é inconsequente, podia ao menos ter alguma dignidade e vir a terreiro esclarecer, o que o governo do seu partido pretende para a linha do Vouga.
Enfim, são estes os políticos que temos e que enganam descaradamente os seus cidadãos , porque só lhes dão importância no momento em que depositam o seu voto.
Ainda há dias, um alto representante da REFER anunciava (mais uma vez) um investimento de 10 milhões de euros, que irá servir para reclassificar as passagens de nível.
O que este senhor veio dizer não é nada de novo, já em Janeiro a REFER tinha anunciado isto mesmo, era isso sim, expectável que se viesse esclarecer publicamente, porque razão a REFER e a Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, ainda não têm um acordo firmado para a repartição de encargos, relativamente aos acessos alternativos às passagens de nível que vierem a ser alvo de supressão.
É intenção da REFER suprimir dezenas de passagens de nível sem guarda no concelho, o que até se compreende, se tivermos em linha de conta o reduzido tráfego rodoviário que cruzam algumas destas passagens diariamente. Todas as outras passagens de nível serão automatizadas.
Só no concelho da Feira serão gastos cerca de 5 milhões de euros, com a Câmara municipal a ser chamada a colaborar com 2,5 milhões, ora é aqui que reside o busílis, como aliás, já reconheceu o próprio presidente da câmara.
Tem sido indecorosamente lamentável a atitude da Câmara Municipal, na pessoa do seu presidente, face às questões de segurança na via férrea, tanto mais, que os acidentes mais brutais se têm dado no concelho (ainda em Março, uma jovem faleceu em Paços de Brandão) . Já por mais que uma vez os seus homólogos de São João da Madeira, de Oliveira de Azeméis, de Albergaria-A-Velha e até de Águeda, manifestaram a sua preocupação pelo problema colocando~se inequivocamente ao lado das suas populações, enquanto na Feira, zero! rien! niente! nada... silêncio total e ensurdecedor!
Já por mais que uma vez se lançaram alertas para esta situação, mas parece que estão todos em suspenso, à espera que uma grande tragédia aconteça.
Já toda a gente percebeu que só uma acção concertada das autarquias envolvidas, poderá acelerar todo este processo de requalificação das condições de segurança, da linha do Vouga.
Infelizmente a Câmara da Feira continua a pôr-se à margem da segurança dos seus cidadãos, é preferível acenar com a utopia da extensão da linha do metro de superfície do Porto até Santa Maria da Feira. O presidente Alfredo Henriques pura e simplesmente tem desprezo pela linha do Vouga e por conseguinte, despreza todos os cidadãos feirenses que dependem deste meio de transporte.
Ainda que o metro do Porto venha um dia a chegar a Santa Maria da Feira (tal como a exponor), tal não é incompatível com a linha do Vale do Vouga, podendo inclusive serem complementares uma e outra.
Isto é também uma questão politica, senão vejamos:
Em 2001, o então candidato pelo PS a presidente da câmara Costa Amorim, preconizava no seu manifesto eleitoral, um programa de requalificação e modernização da linha do vouga, naturalmente que na requalificação da linha, estariam também presentes as questões da insegurança nas passagens de nível.
Quiz o destino que este senhor, um dia viesse a ser deputado na assembleia da república.
O que se pergunta ao senhor Costa Amorim, é se ainda se lembra do manifesto eleitoral de 2001?
O seu programa era demagogia eleitoral, ou o senhor advogado era mesmo sensível aos problemas da linha do Vouga?
Pois então se era sensível, deixou de o ser, porque há três anos que está na assembleia da república e nunca fez a ponta de um corno pela revitalização da linha do Vouga, talvez tenha orientado a sua sensibilidade para o selo de cortiça, que é de extrema importância para a segurança dos cidadãos do seu concelho.
Apresentar propostas eleitorais é muito bonito e fica bem, mas no caso deste deputado feirense é inconsequente, podia ao menos ter alguma dignidade e vir a terreiro esclarecer, o que o governo do seu partido pretende para a linha do Vouga.
Enfim, são estes os políticos que temos e que enganam descaradamente os seus cidadãos , porque só lhes dão importância no momento em que depositam o seu voto.
PUBLICAÇÃO : O GADANHA
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