Arouca - Feira das colheitas 2008

quarta-feira, 1 de outubro de 2008


Feira das Colheitas - Arouca 2008


Tinha esta publicação já há uns dias na mente, mas esperei algum tempo para poder acentuar a raridade dos dias perfeitos. Sábado foi um desses raros dias perfeitos, perfeição essa que se prolongou até hoje (terça-feira), foi o culminar de uma fantástica viagem de Arouca até Londres.

Voltando a Arouca...


Sábado passado, cumpri mais uma das tradicionais etapas anuais à feira das colheitas em Arouca.
Conheci a feira das colheitas de Arouca há cerca de 20 anos e só falhei 4 ou 5 vezes durante este tempo.

Primeira perfeição, o tempo estava óptimo ao contrário dos últimos anos, primeira paragem aldeia de Vêr, para um dos mais perfeitos e requintados repastos da minha vida, o preço também foi perfeito.

Paragem seguinte Arouca, pelo caminho a perfeição suprema, boa estrada e na luz a velha águia já tinha bicado duas vezes nos lagarteiros.

Chegada a Arouca, aqui não foi tudo tão perfeito, principalmente o estacionamento, mas numa aura de sorte, a perfeição voltou e lá arrumei o carro quando alguém miraculosamente acabava de sair.

Já em Arouca, a primeira visita foi a uma espécie de pavilhão do turismo.

Impressiona à vista, o rol de ofertas que Arouca dispõe para o turismo de natureza:
Eco-turismo, turismo rural, geo-turismo, turismo de aventura, turismo de montanha, etc., etc., etc.

Arouca, será seguramente, o principal pólo de atracção turística da grande Área Metropolitana do Porto, num futuro próximo. A aposta tem sido forte tanto por parte da autarquia como de investidores privados, a comprová-lo está a recente criação do Geoparque de Arouca, parque de interpretação geológica, com imensos exemplares de fósseis colectados.

Para os amantes das caminhadas existe uma panóplia de percursos, assim como, para os que gostam dos desportos de água e aventura existem percursos de montanha para BTT e TT, escalada, slide, descidas nos magníficos rios da região (Paiva, Paivó, Caima, Arda, etc.), enfim é uma oferta tão vasta que é só escolher...

Arouca dá assim cartas neste tipo de oferta turística, projectando e promovendo aquilo que tem de melhor, a natureza. Isto é o que se pode chamar: - utilização sustentável dos recursos.

A acompanhar esta aposta, está também a indispensável e crescente oferta de alojamento, exemplo disso foi a recente inauguração de um hotel.

Os municípios vizinhos têm muito para aprender nesta forma de potenciar o turismo.

Paragem seguinte...

O pavilhão agrícola, onde o visitante se sente transportado por aromas e sabores de outrora e que facilmente conseguimos reavivar na memória.

Basicamente, é um local que pretende descrever a árdua labuta dos agricultores e da vida no campo.

Como também já ganhou hábito de tradição, foi aqui que saboreei o primeiro copo de vinho doce (tinto) da região.

A seguir o percurso leva-nos à feira das colheitas propriamente dita, todos os expositores e vendedores têm o brio de mostrar o melhor que têm e asseguro-vos que alguns dos produtos expostos impressionam pela grandeza, desde os frutos às leguminosas tudo é admiravelmente enorme, à atenção do "Guiness book of records".

A amostra de doçaria conventual, de vinho verde e de mel são argumentos de excelência para visitar as barraquinhas, junto do convento.

Paralelamente à feira das colheitas decorre também em vários restaurantes da vila, o festival gastronómico onde a vitela Arouquesa é rainha e onde naturalmente o visitante poderá apreciar a sua excelência ( não foi o meu caso neste ano, mas garanto-vos que é mesmo uma delícia).

No largo frontal ao convento de Santa Mafalda, manda a tradição que no sábado à noite decorra
uma espécie de desgarrada entre duas bandas de música, o povo de Arouca é muito apreciador desta modalidade, dado o número de pessoas que estavam a assistir.

Já que falei em pessoas devo dizer que Arouca estava inundada de gente, mas atendendo à diversidade de espaços e actividades , é possível passear-se e visitar quase tudo sem grandes apertos.

Prosseguindo viagem, uma espreitadela ao concerto de David Fonseca, mesmo por trás do parque lateral ao convento e num pequeno recinto desportivo, ao ar livre. Excelente acústica, bom som e o espectáculo estava do melhor, apesar de não ser um fã do David Fonseca.

Notável foi também a tecnologia empregue neste evento, uma verdadeira adesão aos novos elementos multimédia, com o concerto do David Fonseca a dar em directo em vários ecrãs espalhados pelo recinto da feira.

A exposição de tractores e veículos agrícolas, exposições de pintura, os tradicionais divertimentos de festa, são outras atracções.

Aquela que mais gosto de ver é a exposição de animais de raça Arouquesa, impressiona sempre, ver aqueles imponentes e magníficos exemplares da melhor espécie.

Normalmente o culminar da festa, no sábado à noite é uma majestosa descarga de fogo de artificio e mais uma vez foi assim, ouvir o ribombar dos foguetes, talvez pelas características físicas do local (rodeado de montanhas), é uma experiência mesmo impressionante para não dizer vibrante.

E, foi assim que vivi mais uma épica incursão em terras de Santa Mafalda, onde o visitante nunca esquece a simbiose das fragâncias da terra, dos sabores do campo e da aragem fresca da montanha.

Tudo correu tão bem, que perfeito! perfeito! foi esperar por terça-feira à noite.

Como uma imagem vale mais que mil palavras, deixo aqui mais de 24000 palavras.










Até para o ano, conto voltar aí em 2009.

PUBLICAÇÃO : O COMENDADOR

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